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As plantas experimentais polinizadas por abelhões mostraram as diferenças mais evidentes no solo calcário (direita) e no solo de tufo (esquerda)
Uma equipa de investigadores descobriu uma maior variedade de interações com polinizadores e herbívoros estimula a evolução das plantas.
As plantas que são polinizadas por insetos e que têm que se defender dos herbívoros evoluíram na forma como se adaptam aos diferentes tipos de solo.
Uma vez que os diferentes tipos de solo diferem na sua composição química e física, as plantas necessitam de adaptar a sua fisiologia para otimizar este processo.
Segundo o EurekAlert!, este processo evolutivo leva à formação de ecótipos, subpopulações de um dado grupo taxonómico constituídas por indivíduos geneticamente adaptados a condições ecológicas específicas.
Num novo estudo, publicado esta terça-feira na Nature Communications, a equipa de investigadores descobriu que a interação das plantas com polinizadores e insetos herbívoros influencia a sua ambientação aos tipos de solo e, consequentemente, a formação de ecótipos.
No decorrer do seu estudo, os cientistas cultivaram cerca de 800 plantas de rutabagas durante 10 gerações, em diferentes tipos de solo.
Um grupo foi polinizado por abelhas e algumas plantas foram cultivadas com e sem pulgões.
No final da experiência evolutiva, os investigadores verificaram em que medida as plantas dos dois tipos de solo diferiam em termos de forma e composição bem como a medida a que se tinham adaptado ao solo.
Em termos de forma, verificou-se apenas que as plantas polinizadas à mão permaneciam praticamente iguais.
Por sua vez, no que diz respeito à adaptação aos tipos de solo, os investigadores encontraram uma adaptação significativa apenas nas plantas polinizadas por abelhões com pulgões enquanto que nos outros grupos não foi observada qualquer adaptação relevante.
Os resultados mostram que as interações bióticas podem ter influência na capacidade de adaptação das plantas aos fatores abióticos e que a mesma é mais eficaz quando as plantas estão expostas a uma variedade de interações.
Por fim, os cientistas também identificaram genes que podem desempenhar um papel importante no processo de adaptação.
