Um novo tratamento antiretroviral, conhecido por Option B+, aumenta as probabilidades de tratar de forma eficaz mulheres com HIV e prevenir a transmissão do vírus aos filhos durante a gravidez, revela hoje um relatório da Unicef.
“Graças a um novo tratamento antiretroviral simplificado que deve ser tomado durante toda a vida (conhecido com Option B+), há agora mais possibilidades de tratar eficazmente mulheres que vivem com o VIH e prevenir a transmissão do vírus aos seus bébés durante a gravidez, o parto e a amamentação”, refere o relatório ‘As crianças e a SIDA: Um balanço sobre a situação 2013’.
“Este tratamento implica a toma diária de um único comprimido”, adianta o relatório.
O Malaui foi o país pioneiro na oferta do tratamento Option B+ desde 2011.
“Hoje em dia, mesmo que uma mulher grávida viva com o VIH, isso não significa que o seu bebé tenha de ter o mesmo destino, o que também não significa que ela não possa ter uma vida saudável”, sublinha Anthony Lake, director executivo da Unicef, citado no relatório.
A Unicef adianta que as maiores taxas de sucesso foram atingidos na África subsariana.
“De 2009 a 2012, as novas infecções em crianças recém-nascidas diminuíram 76% no Gana, 58% na Namíbia, 55% no Zimbabué, 52% no Malaui e Botsuana e 50% na Zâmbia e Etiópia”.
Segundo a Unicef, para que uma geração livre de SIDA se torne realidade é necessário que as crianças com o vírus recebam tratamento anti-retroviral, mas actualmente “apenas 34% das crianças que vivem com VIH em países de baixo e médio rendimento receberam o tratamento que precisavam em 2012, contra 64% dos adultos”.
Esta é a razão, argumenta a Unicef, “pela qual cerca de 210.000 crianças morreram de doenças relacionadas com SIDA” no ano passado.
Mais de 850.000 crianças nasceram livres do HIV em 2005
Mais de 850.000 crianças nasceram livres da transmissão do HIV pelas mães em 2005, revela o mesmo relatório, que alerta para a necessidade de reforçar os esforços na luta contra a SIDA entre adolescentes.
De acordo com o relatório, “foram feitos progressos significativos na prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho entre 2005 e 2012 em países de baixo e médio rendimento”.
No entanto, a Unicef alerta que “é necessário redobrar esforços ao nível nacional e internacional, para lutar contra o HIV e a SIDA” entre os adolescentes.
/Lusa