Foram encontradas, rio Orinoco, na América do Sul, gravuras pré-históricas de serpentes gigantes, que estão entre os maiores exemplos de arte rupestre já vistos em todo o mundo. O que representam? É ainda um mistério.
As gravuras pré-históricas ao longo do rio Orinoco, que percorre a Venezuela e faz fronteira com a Colômbia, destacam-se como notáveis exemplos de arte rupestre.
De acordo com um estudo publicado esta terça-feira, na Antiquity, destacam-se em especial, entre estas manifestações artísticas, as gravuras de serpentes gigantes.
Algumas chegam mesmo a atingir os 42 metros de diâmetro – o que faz delas as maiores já encontradas.
Desde 2015, que três investigadores têm explorado a região. Já foram identificados 157 locais de arte rupestre, dos quais 13 apresentam gravuras de grande escala, visíveis até um quilómetro de distância.
Como descreve a New Scientist, além das serpentes, as gravuras a retrata pessoas, mamíferos, pássaros, centopeias, pergaminhos e formas geométricas.
Significado permanece um mistério
A equipa de investigação suspeita que essas imagens serviram como marcos territoriais que indicavam a presença de grupos, não necessariamente como um aviso, mas possivelmente como um elemento de inclusão comunitária.
“As gravuras podem não ser de exclusão, mas sim uma prática de inclusão que era partilhada entre as comunidades”, explicou Philip Riris da equipa de investigação, citado pela New Scientist.
Além disso, a relevância das serpentes na arte reflete a sua importância na mitologia local, onde anacondas e jibóias são vistas como entidades criadoras.
A proximidade de muitas destas obras a cemitérios antigos sugere ainda que possam estar relacionadas com práticas funerárias.
De acordo com os investigadores, as gravuras terão sido criadas há 2.000 anos.
42 m de diâmetro! Não será de comprimento?