O ex-ministro do Cazaquistão, Kuandyk Bischimbayev, julgado pela morte da esposa, Saltanat Nukenova
O ex-ministro da Economia do Cazaquistão está a ser julgado pelo assassinato da esposa, em novembro do ano passado. Kuandyk Bischimbayev confessou as agressões, depois de terem sido revelados vídeos.
O assassinato macabro de Saltanat Nukenova levado a cabo pelo marido – o ex-ministro da Economia do Cazaquistão, Kuandyk Bischimbayev – está a chocar o país.
Descrito como o “julgamento do século” pela imprensa nacional, ganhou outros contornos, depois de terem sido divulgadas imagens das agressões do antigo governante, num restaurante de um familiar de Bischimbayev.
Depois de uma discussão no exterior do estabelecimento, Nukenova foi arrastada pelo cabelo, pontapeada e estrangulada, pelo marido num restaurante. De acordo com o Correio da Manhã, as agressões continuaram fora do alcance das câmaras.
“Após arrastá-la para fora da casa de banho, Bishimbayev agarrou-a no pescoço e estrangulou-a. Ela perdeu a consciência”, disse a procuradora, citada pelo CM.
Former minister Kuandyk Bishimbayev from Kazakhstan went on trial for murdering his wife, Saltanat Nukenova.
The Supreme Court of Kazakhstan published this shocking footage of how the ex-Minister of Economy beat his wife.
According to the conclusion of the investigation,… pic.twitter.com/nADsgG2bFy
— bstrat515 👑💛 (@bstrat515) May 2, 2024
A astróloga de 31 anos foi encontrada morta, com um traumatismo craniano, mas apenas no dia seguinte, depois do ex-ministro voltar ao restaurante “calmamente”, para comer.
O ex-ministro tinha dito, inicialmente, que Nukenova morreu com ferimentos auto-infligidos e que o traumatismo era de ter batido com a cabeça num lavatório. No entanto, esta quarta-feira, Bischimbayev admitiu as agressões.
Imagens reveladas pela defesa da vítima, em tribunal, dão a entender que as agressões de Bishimbayev eram recorrentes.
Kuandyk Bischimbayev poderá enfrentar uma pena de 20 anos de prisão. Milhares de pessoas a assinar petições para pedir – ao contrário do que acontece naquele país asiático – penas mais pesadas para a violência doméstica.
