A partir de 2028, os registos de saúde de todos os cidadãos europeus ficarão acessíveis, de forma imediata e traduzida, em qualquer país da União Europeia (UE).
Esta quarta-feira, vota-se, no Parlamento Europeu, o regulamento do Espaço Europeu de dados de saúde.
Como anuncia a edição do Jornal de Notícias desta quarta-feira, a partir de 2028, os registos de saúde dos europeus ficarão acessíveis, de forma imediata e traduzida, em qualquer país da UE.
Em 2030, a UE conta ter uma base de dados de saúde com informação de 450 milhões europeus.
Como especifica o JN, a partir desse momento, os dados poderão ser requisitados para pesquisas e investigações científicas, para se “aprofundar o conhecimento sobre doenças, desenvolverem novos fármacos ou dispositivos médicos” – mas apenas se os cidadãos autorizarem a partilha de informação.
Os registos de saúde eletrónicos serão controlados pelo próprio cidadão – através de uma plataforma online onde constarão receitas de medicamentos, análises clínicas relatórios, etc. – onde haverá também liberdade de se partilhar o que quiser.
Um dos principais objetivos desta partilha é evitar a duplicação de meios de diagnóstico, poupando milhões de euros aos sistemas de saúde.
Pelo contrário, a omissão de dados relevantes poderá afetar a prestação dos cuidados de saúde noutros países.
Como esclarece o JN, segundo o regulamento, é proibido usar os dados para tomar decisões que possam prejudicar os cidadãos – seja no que se refere a seguros, empregos, ou outros contratos.
Sara Cerdas, eurodeputada socialista que este envolvida nas negociações do regulamento, admite, em declarações ao matutino, que esta “é uma revolução na produção de conhecimento médico”.