Uma criança de 18 meses morreu com sarampo na passada quarta-feira em Berlim, anunciaram esta segunda-feira as autoridades sanitárias da capital alemã, numa altura em que a Alemanha enfrenta o pior surto nos últimos anos desta doença altamente contagiosa.
O ministério regional de Saúde anunciou a morte da criança do sexo masculino no mesmo dia em que uma escola primária em Berlim decidiu encerrar as portas como medida de prevenção, devido ao registo de diversos casos de sarampo.
A doença viral atingiu 570 pessoas na capital alemã desde outubro passado, de acordo com o Instituto de controlo sanitário Robert Koch.
As autoridades não precisaram se a criança, a primeira vítima mortal entre os casos verificados, tinha sido vacinada contra o sarampo.
O ministro de Saúde federal, Hermann Grohe, apelou hoje à população para verificar os registos de vacinas dos respetivos núcleos familiares, denunciando “alguns opositores irresponsáveis das vacinas que semeiam um medo irracional”.
“Aquele que se recusa em vacinar o seu filho não só coloca essa criança em risco, mas também os outros“, acrescentou o ministro, num comunicado.
A porta-voz do Ministério de Saúde federal alemão precisou que não está previsto, neste momento, tornar a vacinação obrigatória, indicando, no entanto, que a informação aos pais irá ser reforçada e os boletins de vacinas verificados.
Se isso não for suficiente, “será necessário tomar outras medidas”, concluiu a porta-voz.
O sarampo pode provocar doenças respiratórias ou neurológicas graves, como encefalite, por vezes fatais.
Os opositores do processo de vacinação afirmam que a vacina pode ter efeitos colaterais, que podem ser perigosos.
Segundo o Instituto Robert Koch, o sarampo chegou a Berlim com os requerentes de asilo oriundos da Sérvia e da Bósnia-Herzegovina, países que registam uma epidemia severa de sarampo desde fevereiro de 2014.
/Lusa