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A Duquesa de Sussex, Meghan Markle
Um desconhecido comprou um nome de domínio no Reino Unido para a nova marca de Meghan Markle — e redirecionou-o para uma instituição de caridade e combate à pobreza.
A Duquesa de Sussex parece ter-se esquecido da regra de ouro da compra de nomes de domínio: comprar todos os nomes de domínio.
No mesmo dia em que Meghan Markle lançou o site da sua nova marca, American Riviera Orchard, alguém registou um outro domínio, americanrivieraorchard.uk — que não redireciona o tráfego para a página da Duquesa de Sussex.
Até à hora desta edição, o misterioso sítio tinha apenas uma mensagem simples: “Perdão. Permissão. Por favor, faça um donativo para o Trussell Trust”, e uma ligação para uma página do JustGiving, supostamente de apoio a uma conhecida instituição de caridade britânica de bancos alimentares.
A página do JustGiving abre com uma mensagem: “Não é a Meghan. Espero que a Meghan não se importe. Pensamentos com catherine. x“. Esta última é provavelmente uma referência a Kate Middleton, a Princesa de Gales, que anunciou a 22 de março que estava a receber tratamento para o cancro.
A angariação de fundos atraiu até agora mais de 8.300 libras, cerca de 10.300 euros, excedendo largamente o seu objetivo de 1.000 libras.
Os utilizadores que deixaram donativos para o banco alimentar usaram a secção de comentários do site para deixar as suas opiniões sobre Meghan e o Príncipe Harry. “Uma causa digna, que os Sussex sem dúvida aprovariam”, escreveu um utilizador.
Um outro utilizador foi um pouco mais incisivo, realça o Business Insider: “Fantástico. Ninguém precisa de frascos de compota de 200 libras. Esta é uma causa brilhante e obrigado por desviar o site do Reino Unido para pessoas reais e não para gurus superficiais do estilo de vida“.
Não se sabe ao certo o que Markle planeia fazer com a marca American Riviera Orchard, mas, segundo o Insider, o pedido de registo da marca indica que se destina à venda de utensílios de mesa, livros de receitas, compotas e pastas para barrar.
A Trussell Trust, por sua vez, é a principal instituição de caridade do Reino Unido, apoiando uma rede de 1.200 bancos alimentares em todo o país.
Numa declaração enviada ao Insider, Sophie Carre, diretora de relações públicas da instituição, afirmou: “A instituição não está ligada a este domínio e não tem conhecimento de quem o criou”.
A responsável explicou que a instituição iria aceitar os donativos provenientes do site, uma vez que as verbas assim angariadas “não satisfazem os requisitos para serem rejeitadas”.
Não é a primeira vez que os Duques de Sussex são apanhados em atividades de cybersquatting — a prática de registar, comercializar ou usar um nome de domínio na Internet com a intenção de lucrar com a reputação de uma marca registada pertencente a outra pessoa ou empresa.
Em 2020, um grupo de trolls aproveitou o nome da Fundação Archewell de Harry e Megan e registou o domínio archewellfoundation.com, que durante algumas horas redirecionava os visitantes para um vídeo no YouTube da música “Gold Digger“, de Kanye West.
O domínio em causa está atualmente inativo, mas o arquivo de 8 de abril de 2020 do WayBack Machine gravou as provas do caso.
Os duques de Sussex parecerem não ter aprendido, com o incidente, que quando se faz parte da família mais famosa do Reino Unido, a primeira coisa a fazer quando se regista uma marca é registar TODOS os domínios — e mais alguns.
