Ao contrário do que aconteceu com a lista de ministros, esta surgiu mais de três horas depois do encontro entre Montenegro e Marcelo.
A lista dos Secretários de Estado (24 homens, 17 mulheres) do XXIV Governo Constitucional foi apresentada nesta quinta-feira.
Entre os 41 elementos – mais do que os que tinha António Costa no Governo anterior – houve dois que se destacaram… porque atrasaram o processo.
Na semana passada, quando chegou o momento de divulgar a lista dos novos ministros, a espera foi curta.
Luís Montenegro foi a Belém falar com Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou a lista e, passados poucos minutos, a mesma foi publicada no portal da Presidência da República.
Desta vez não foi assim. O primeiro-ministro voltou a estar com o presidente da República, voltou a mostrar uma lista.
Saiu de Belém perto das 19h e disse que os nomes seriam revelados “mais logo” – a lista foi publicada já depois das 22h.
O jornal Observador deixa alguns motivos: Luís Montenegro deixou convites para a “última hora” para evitar fugas de informação, o famoso inquérito de 36 perguntas, dificuldades de recrutamento.
Mas houve outro motivo essencial. Montenegro, quando chegou à reunião com Marcelo, ainda não tinha a lista completa: faltavam dois Secretários de Estado.
Os dois elementos que faltavam (cujos nomes não são revelados) ainda tinham contrato com a empresa onde trabalhavam, ainda não tinham fechado a rescisão.
Não é uma versão oficial. Não houve, pelo menos para já, qualquer justificação sobre esta demora evidente. Mas Marcelo já sabia desta falha e permitiu os acertos de última hora.
Por falar em Marcelo, outros três nomes destacam-se na lista de Secretários de Estado: Hélder Reis, Nuno Sampaio e Inês Domingos – todos eram colaboradores do presidente. Aliás, os dois primeiros estavam nessa função até ontem, eram assessores de Marcelo Rebelo de Sousa.
Mais do que os que tinha António Costa no Governo anterior? Então, dizem que Portugal tem mais deputados e ministro per capita do que a restante Comunidade Europeia e a AD ainda quer mais? Quem os vai manter? Os portugueses mais uma vez.