Moscovo não foi inédito: Rússia de Putin alvo de 14 atentados a larga escala

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Hedayatullah Amid / EPA

Os últimos anos tinham sido tranquilos neste contexto. Mas nos últimos 25 anos há outros exemplos marcantes para os russos.

É o assunto que marca o mundo e sobretudo a Rússia: o atentado no Crocus City Hall.

Pelo menos 152 pessoas morreram no ataque terrorista de sexta-feira, embora o número ainda possa aumentar muito.

Foi um choque para os russos, após anos de tranquilidade neste contexto, sem ataques a esta escala.

No entanto, desde que Vladimir Putin se tornou presidente, há 25 anos, a Rússia já foi palco de vários atentados, recorda a agência Associated Press.

Logo nas suas primeiras semanas enquanto presidente, em Setembro de 1999, quatro apartamentos explodiram no espaço de duas semanas, em três cidades – Moscovo incluída. Mais de 300 pessoas morreram no total. Segundo o Kremlin, os autores foram separatistas da Chechénia, embora ainda hoje se tenha muitas dúvidas sobre essa versão.

Ainda envolvendo a Chechénia, mas desta vez confirmado: 40 militantes pró-Chechénia invadiram um teatro de Moscovo em Outubro de 2002, com 850 reféns e com explosivos lá dentro. Exigiam a retirada dos militares russos do território. Ao quarto dia de negociações, os autores do ataque foram abatidos – mas morreram 132 pessoas nesse dia, muitos por causa do gás que foi atirado pelas autoridades russas.

Os transportes públicos foram alvos preferenciais: 41 mortos no metro em Fevereiro de 2004, 10 mortos em Julho do mesmo ano, 40 mortos no metro em Março de 2010, 34 vítimas mortais numa estação de comboio e numa de autocarro em 2013; e em 2017 morreram 15 pessoas no metro.

Em Setembro de 2004, novo ataque checheno, sob a mesma exigência, mas dessa vez numa escola. Mais de 1.000 pessoas ficaram reféns. Ao terceiro dia, explosão, entrada das forças russas e mais de 300 mortos.

Os ares também não escaparam. 90 mortos num ataque em dois aviões na mesma noite, 37 mortos no aeroporto em 2011 e 224 mortos num avião em 2015.

14 ataques a larga escala no total.

Este último caso foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Tal como este de sexta-feira.

Ao todo, entre 2015 e 2019, o ISIS foi o responsável por também 14 atentados na Rússia: assassinatos de polícias, matanças em igrejas, bombas num supermercado e múltiplos tiroteios.

Os terroristas estavam parados há cinco anos. Voltaram a aparecer em Março de 2024.

ZAP //

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1 Comment

  1. Todos estas atentados ajudaram a fortalecer a ascensão e a ditadura do Putin e pôr o Povo a dormir.
    É tudo culpa da Ucrânia!…..

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