Nos anais dos cold cases norte-americanos, poucas histórias são tão duradouras e misteriosas como o assassínio de Elizabeth Short, conhecida postumamente como a “Black Dahlia”.
A natureza macabra da sua morte e o frenesim mediático que se seguiu transformaram o seu trágico fim num ícone sombrio do submundo de Hollywood.
Décadas passaram, mas o fascínio de resolver esse mistério permanece, estimulado por descobertas recentes que podem finalmente dar algumas respostas, adianta o Popular Mechanics.
As aspirações de Elizabeth Short ao estrelato foram tragicamente interrompidas em 1947, quando foi encontrada morta de uma forma horrível que parecia saída diretamente de um filme noir.
O seu corpo foi mutilado, esvaziado de sangue e colocado com uma precisão sinistra que sugeria um motivo profundamente pessoal ou uma mente perturbada. Imediatamente, o Departamento de Polícia de Los Angeles começou a procurar pistas, enquanto a imprensa, aproveitando o fascínio macabro, a apelidou de “The Black Dahlia [A Dália Negra]”.
A investigação do assassínio de Short foi extensiva, com os detetives a seguirem inúmeras pistas e a interrogarem vários suspeitos. No entanto, o caso desvaneceu, com a identidade do assassino a permanecer um dos segredos mais bem escondidos de Hollywood.
As teorias abundavam, desde amantes abandonados a figuras ligadas ao crime, até à possibilidade de uma força policial corrupta ou incompetente que permitiu que o verdadeiro autor do crime escapasse.
Agora, 77 anos depois, surgiu um novo lote de provas, reacendendo o interesse pelo caso da jovem. Estas provas, cujos pormenores continuam a ser guardados a sete chaves por aqueles que as descobriram, prometem revelar detalhes sobre a identidade do assassino de Elizabeth Short.
Quer seja através de avanços na ciência forense ou de testemunhos anteriormente ignorados, isto pode representar a melhor hipótese de resolver um mistério que tem confundido os investigadores durante gerações.
No entanto, como em todas as coisas relacionadas com a aspirante a atriz, o ceticismo mantém-se. Ao longo dos anos, houve inúmeras pistas falsas, embustes e confissões que acabaram por não dar em nada.
A natureza sensacionalista do caso e a enorme quantidade de especulação que se acumulou ao longo das décadas tornam difícil separar o facto da ficção.
No entanto, o aparecimento de novas provas oferece uma réstia de esperança de que este mistério de longa data possa finalmente ser resolvido.