O presidente do PSD saudou hoje o aparente aumento da participação nas legislativas e disse estar confiante e preparado para todos os cenários “desde a primeira à última hora”. O líder do PS diz que este é um dia muito importante para a democracia.
O líder do PSD, Luís Montenegro, chegou cerca das 18:30 ao hotel no centro de Lisboa onde a AD vai acompanhar a noite eleitoral e, questionado sobre os dados da participação nas eleições, considerou que parecem ser “um bom sinal”.
“Se se confirmar que houve mais participação dos que nas últimas eleições é um bom sinal, sinal de que fomos todos suficientemente apelativos para que os portugueses pudessem sentir vontade de tomar uma decisão relevantíssima para os próximos anos”, afirmou.
Questionado se está confiante e preparado para todos os cenários, respondeu: “Claro, desde a primeira hora e até à última”, disse, acrescentando que não preparou ainda nenhum discurso.
“Não preparei nenhum discurso, vamos aguardar o que os portugueses disseram nas urnas, não vale a pena antecipar cenários”, afirmou.
Já à pergunta se estão são umas eleições de tudo ou nada para si e para o PSD, Montenegro respondeu negativamente.
“Não, são eleições importantes para o futuro do país, para que os portugueses possam ter oportunidades e uma vida com mais bem-estar”, disse.
Questionado porque só hoje o PSD pediu à CNE um esclarecimento público relacionado com a semelhança de nomes no boletim de voto com o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), o líder do PSD disse que “foi hoje que as urnas abriram” e a coligação recebeu “relatos de muitas pessoas que se confundiram”, dizendo não ter conhecimento da resposta da Comissão Nacional de Eleições.
A CNE afirmou que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, “sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral“.
À pergunta se tal não pode ser entendido como um apelo ao voto, o líder da coligação AD (que junta PSD, CDS-PP e PP), já não respondeu, entrando no elevador para acompanhar noutro local do hotel a noite eleitoral.
Pedro Nuno: dia muito importante para a democracia
O secretário-geral do PS salientou a importância do dia de hoje de eleições para a democracia e recusou-se a responder a questões sobre mobilização eleitoral ou sobre a intervenção do Presidente da República ainda durante a campanha.
Pedro Nuno Santos falou de forma breve aos jornalistas quando chegou ao hotel onde os socialistas vão acompanhar a evolução dos resultados das eleições legislativas.
“Este é um dia muito importante para todos nós, o mais importante da nossa democracia em que escolhemos os deputados e quem vai governar Portugal. É um grande dia”, declarou o líder do Partido Socialista, que disse depois “estar contente por a campanha eleitoral ter acabado” e porque hoje “é um dia maravilhoso, o dia da nossa democracia”.
“Estou contente porque é um dia em que se vota“, repetiu.
Interrogado se considera que conseguiu mobilizar o eleitorado nestas eleições, o secretário-geral do PS recusou-se a responder por agora: “Vamos ter tempo para falar, as urnas nem sequer fecharam”.
“Este é um dia feliz para a democracia portuguesa. As urnas ainda estão abertas, vamos ter calma”, acrescentou.
PAN “extremamente feliz” com abstenção
O candidato do PAN pelo círculo da Europa Paulo Vieira de Castro disse hoje que o partido está “extremamente feliz” com a projeção que indica uma previsão de abstenção nas eleições entre os 32% e os 46,5%.
“Falamos ainda de uma projeção, mas uma participação bastante elevada dos portugueses neste em que fazemos 50 anos de democracia, das vitórias de Abril. É muito bom sabermos que os portugueses se mobilizaram para ir às urnas“, realçou.
Paulo Vieira de Castro comentava às projeções da abstenção no quartel-general do partido para a noite eleitoral, na sala do Rei, na Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa.
As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas de hoje indicam que deverá situar-se entre os 32% e os 46,5%.
A RTP avançou às 19:00 uma previsão de abstenção de 32% a 38%, a SIC com 35,5% a 40,5% e a CNN entre os 40,5% e os 46,5%.
ZAP // Lusa