PTP fala em legalizar cunha, corrupção e tráfico de influências. JPP lamenta interesses dos partidos. RIR queixa-se de vandalismo.
“Neste país a cunha está institucionalizada” e, por isso, deve ser legalizada.
A ideia foi deixada nesta quinta-feira por José Manuel Coelho – mais uma vez sozinho – em campanha do Partido Trabalhista Português (PTP).
“O favor, o receber dinheiro debaixo da mesa… Tudo isso. É uma instituição em Portugal. E, portanto, a melhor coisa é legalizar“, comentou na RTP.
“Que haja um Ministério para as cunhas, que deixam de ser crime. Poupa-se dinheiro aos contribuintes”, acrescentou o candidato às eleições legislativas.
Raquel Coelho, também do PTP, já tinha dito na Madeira: “Para pouparmos os contribuintes desses custos desnecessários, é melhor que se legalize a corrupção, o tráfico de influências e o sistema de cunhas. Até vou mais longe: que se crie um Ministério para as cunhas”.
“Deixemo-nos deste faz-de-conta, que as pessoas se fazem de sérias mas, pela porta do cavalo, permitem todos os atropelos ao nosso sistema democrático”, acrescentou, também na RTP.
Abstenção, clima, queixa
O JPP tem o combate à abstenção como uma das prioridades. “Nos sucessivos actos eleitorais, quem vence é a abstenção. Tem muito a ver com a postura dos partidos tradicionais, que muitas vezes só olham pelos seus interesses político-partidários e se esquecem dos problemas da população”, afirmou Filipe Sousa.
O ADN concretizou a arruada contra a “fraude climática” e contra os “maluquinhos do clima”. Bruno Fialho atacou o “terrorismo climático” – mas está disponível para falar com os activistas. E defende um combate à poluição “com base científica, como deve ser”.
O Volt destacou as “oportunidades” que Portugal tem, devido aos fundos europeus, do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e do Portugal 2030. Por isso, Inês Bravo Figueiredo pede estabilidade política: “O apelo que faço aos líderes dos outros partidos é que ponham esta estabilidade política à frente dos jogos políticos e das questões partidárias”.
O tom do RIR foi outro: deverá apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições porque, alega, há tentativas de “caça ao voto” por parte de outro partido (não mencionado) e vandalismo aos seus cartazes. “Fomos informados por actuais e ex-militantes da recepção de várias mensagens e chamadas com o intuito de apelo ao voto e oferta de transporte por parte desta força partidária para as deslocações às assembleias de voto no próximo dia 10 de Março”, lê-se em comunicado.
O PCTP-MRPP repetiu que Portugal deve sair da União Europeia e da NATO. “O papel de Portugal na UE é servir de criado, de hotel e de restaurante”, atirou o candidato João Pinto, na rádio Renascença.
Jorge Nuno Sá, em representação do Alternativa 21, acha que o eleitorado de direita “anda um bocado” perdido desde a queda do CDS. E quer ocupar esse alegado vazio: “Faz falta quem defenda os valores da vida, da família, de uma forma democrática”.
O Ergue-te!, que não fez qualquer campanha na rua porque não tem dinheiro para isso, baseou a sua campanha nas redes sociais. Nesta quinta-feira destacou uma notícia de tentativa de rapto de uma menina de 3 anos por parte de jovens: “Disseram-nos que estas coisas não iam acontecer, mas aí estão elas, graças à politica de portas escancaradas que só o Ergute-te! pode travar”.
O Nós, Cidadãos já tinha admitio que não deve eleger um deputado no domingo, mas avisou na revista Visão: “Não vai haver maioria absoluta e, por isso, em Novembro teremos eleições outra vez. Mas, nessa altura, o Nós, Cidadãos! estará preparado, porque já basta disto”.