Segundo o presidente da Ucrânia, morreram 31 mil soldados ucranianos ao longo destes dois anos de conflito com a Rússia.
O Presidente da Ucrânia estimou neste domingo que o número de soldados ucranianos mortos desde o início da invasão militar russa atinja 31 mil, tendo sido a primeira vez que avançou um número específico de mortes nas suas fileiras.
Desde o início da invasão russa, há dois anos, “31 mil ucranianos, militares, morreram nesta guerra”, disse Volodymyr Zelenskyy numa conferência de imprensa realizada em Kiev, por ocasião do segundo aniversário do conflito.
O número, explicou, não inclui soldados feridos ou desaparecidos.
“São muitas pessoas para nós”, afirmou, rejeitando estimativas que apontavam para cerca de 300 mil mortos na Ucrânia.
O Presidente ucraniano não quis divulgar dados sobre soldados feridos para não permitir à Rússia saber o número de ucranianos que foram para a frente de guerra.
Zelenskyy referiu ainda que 180 mil soldados russos morreram na guerra e meio milhão foram feridos nos combates.
Sublinhando que o número exato só será conhecido quando a guerra terminar, o chefe de Estado garantiu que “dezenas de milhares de civis” morreram ou foram assassinados após serem torturados nos territórios ocupados pela Rússia.
“É mentira”
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo Maria Zakharova acusou o Presidente ucraniano Volodymir Zelenskyy de “mentir” sobre o número de soldados ucranianos mortos em combate nos últimos dois anos de guerra.
“Todos os cidadãos ucranianos percebem que Zelenskyy está a mentir e, antes de mais, todos os membros das Forças Armadas da Ucrânia percebem o mesmo“, escreveu Zakharova nas redes sociais.
Segundo a porta-voz da diplomacia da Rússia, o líder ucraniano baixou “várias vezes o balanço real das baixas”.
O último balanço oficial de mortos do lado russo é de 5.937 e foi fornecido pelo Ministério da Defesa de Moscovo no dia 21 de setembro de 2022.
A ofensiva militar russa no território ucraniano foi lançada em 24 de fevereiro de 2022 para alegadamente defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.
A guerra mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito – que entra agora no terceiro ano – provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.
ZAP // Lusa
Ambos os lados mentem… multipliquem isso por 10.
O Zelensky enganou-se. Aquilo é o que morrem em cada mês e meio. São entre 600 e 1000 por dia. O que é uma desgraça, mas uma desgraça da culpa de quem não deixa de enviar armas para a Ucrânia.
Concordo. Também acho que a culpa é da Rússia, que não pára de enviar armas para a Ucrânia.