Como sobreviver se levar com um relâmpago diretamente na cabeça

Apesar de ser muito improvável, pode querer saber como é que outras pessoas sobreviveram a relâmpagos. Só por precaução, claro.

Um novo estudo, publicado na revista Scientific Reports, revelou que se a sua cabeça estiver molhada, tem mais hipóteses de sobreviver a um relâmpago direto na mesma.

Segundo o IFL Science, a equipa de investigação ficou intrigada com este informação.

Embora a taxa de sobrevivência seja mais baixa do que a das pessoas que foram atingidas noutro local, as pessoas parecem ter sobrevivido, sendo a taxa de sobrevivência entre os 70 e os 90%.

Os investigadores questionaram se a taxa de sobrevivência elevada poderia dever-se à presença de água na pele das pessoas.

“Apesar de outros fatores, pode presumir-se que a formação de um flashover superficial no corpo humano é uma causa relevante da forma como as pessoas podem sobreviver a um relâmpago, se não puderem ir para dentro de casa quando o trovão ruge”, explicou a equipa.

Embora os flashovers possam ajudar à sua sobrevivência, estudos anteriores não tinham a analisado a forma como a chuva pode afetar a sua formação e criaram réplicas de cabeças humanas para testar.

As duas cabeças, continham três camadas, em representação do couro cabeludo, o crânio e o cérebro, e foram concebidas em materiais destinados a imitar o tecido humano.

Foram sujeitas a 10 cargas elétricas de alta tensão cada uma — uma enquanto estava seca e a outra depois de ter sido pulverizada com uma solução ligeiramente salgada para imitar a água da chuva.

A maior parte da corrente elétrica — entre 92 a 97% — percorreu a superfície exterior de ambas as cabeças “falsas”, mas a equipa encontrou diferenças reais na quantidade de corrente que penetrou nas camadas da cabeça.

Embora uma maior quantidade de carga tenha chegado à camada de couro cabeludo da cabeça molhada, a camada de cérebro absorveu uma corrente elétrica média 13% inferior — 33% menor comparativamente com a cabeça seca.

Também se registaram diferenças significativas nos danos causados às cabeças criadas pelos investigadores, uma vez que se registaram mais danos nas cabeças secas.

A equipa refere diversas limitações ao estudo, nomeadamente o facto de os crânios não estarem cobertos de cabelo ou outro acessórios para a cabeça e que os relâmpagos reais produzem amplitudes mais elevadas.

No entanto, os resultados são intrigantes e constituem uma base para novas investigações.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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