Nova molécula desencadeia explosão de glóbulos brancos para combater infeções

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A mais recente descoberta pode ajudar a desenvolver tratamentos para pessoas que necessitam de um rápido reforço imunológico.

Os glóbulos brancos desempenham um papel muito importante na defesa do nosso sistema imunológico, mas os problemas de saúde e determinados tratamentos, como a quimioterapia, podem diminuir o seu número.

Os neutrófilos são um tipo de glóbulo branco que está entre os primeiros a responder a ameaças externas, como bactérias, vírus ou fungos. Contudo, os seus níveis podem cair devido a uma condição chamada neutropenia, que pode ser o resultado de certas condições genéticas ou um efeito secundário de certos tratamentos.

Em ambos os casos, um baixo número de neutrófilos pode agravar as infeções.

No mais recente estudo, cientistas da Universidade de Yale identificaram uma molécula – a A485 – que bloqueia certas proteínas que regulam a expressão genética, desencadeando a libertação de neutrófilos e outros glóbulos brancos da medula óssea.

Em testes realizados com cobaias, a equipa descobriu que a A485 funciona rapidamente e apenas temporariamente, já que a contagem de glóbulos brancos voltou ao normal em apenas 12 horas. No entanto, apesar de ser uma desvantagem, é, afinal, um benefício.

“O principal tratamento para um baixo número de glóbulos brancos no organismo é o G-CSF, que é produzido pelo corpo e pode ser administrado como medicamento”, explicou Nikolai Jaschke, principal autor do estudo, citado pelo New Atlas. “Contudo, tem um efeito duradouro, que pode ser prejudicial em algumas circunstâncias, limitando o seu uso clínico. A A485 é tão potente quanto o G-CSF, mas menos duradoura.”

A aquipa também testou se o aumento de glóbulos brancos poderia ser útil para eliminar infeções. Para isso, submeteram ratos a quimioterapia para danificar a medula óssea e infetaram os animais com a bactéria Listeria, administrando posteriormente a molécula A485.

Os resultados não deixaram margem para dúvidas: aqueles que receberam a molécula foram capazes de eliminar as infeções de forma mais eficaz e tiveram uma maior taxa de sobrevivência do que o grupo de controlo.

Os resultados, que podem ser consultados num artigo científico publicado na Immunity, sugerem que moléculas como o A485 podem mesmo ser capazes de reduzir a nossa dependência de antibióticos.

ZAP //

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