A União Europeia conseguiu chegar a acordo com Orbán, mas abriu a porta a uma mudança que pode levar a que o primeiro-ministro húngaro ganhe ainda mais poder sobre o bloco.
Depois de vários meses de impasse devido à oposição da Hungria, os responsáveis europeus chegaram a acordo esta quinta-feira e aprovaram um pacote de ajuda de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia.
Durante a cimeira de emergência desta quinta-feira, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán cedeu e deu luz verde ao pacote. “Temos um acordo. Isto garante um financiamento firme, previsível e a longo prazo para a Ucrânia”, anunciou Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.
Michel garante ainda que o bloco europeu está a “assumir a liderança e responsabilidade no apoio à Ucrânia”, numa altura em que os responsáveis Republicanos nos Estados Unidos estão a criar obstáculos ao apoio incondicional prometido por Joe Biden a Kiev.
O acordo surgiu depois de Michel e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntamente com os líderes da França, Alemanha e Itália, terem uma reunião a portas fechadas com o Orbán.
De acordo com o Politico, a UE fez uma concessão extra a Orbán para garantir o seu apoio, com a última versão do projecto de conclusões do Conselho Europeu a referir que “se necessário, dentro de dois anos o Conselho Europeu convidará a Comissão a apresentar uma proposta de revisão no contexto do novo MFF”.
O MFF (Multiannual Financial Framework) refere-se ao orçamento a longo prazo da União Europeia — o que significa que a UE está agora aberta à possibilidade obrigar os Governos do bloco a ter de aprovar estes fundos por unanimidade todos os anos, o que pode levar a mais situações onde Orbán use este poder a seu favor.
Esta cedência vem juntar-se ao debate anual sobre a implementação do pacote de ajuda, que já era uma concessão a Budapeste. No entanto, os líderes europeus evitaram um cenário em que Orbán teria a possibilidade de um veto anual à tábua de salvação financeira para a Ucrânia.
Apesar desta pequena vitória, as últimas semanas intensas de negociações deixam a nu as vulnerabilidades da União Europeia, que ficou novamente refém de Orbán. Os conflitos com o primeiro-ministro húngaro não são de agora — desde a crise de refugiados, os direitos LGBT e o Estado de Direito, são vários os casos em a Hungria desafiou a autoridade de Bruxelas.
Uma revelação do Financial Times deu até conta de documentos internos da UE que estudavam a possibilidade de cortar os fundos europeus à Hungria para colocar pressão sobre Orbán, algo que os responsáveis húngaros denunciaram como “chantagem”.
Orbán também aproveitou a cimeira desta quinta-feira para se encontrar com os agricultores que estão em protesto na capital húngara e atirar mais farpas aos responsáveis europeus. “Vamos defender a voz do povo! Mesmo que os burocratas em Bruxelas nos chantageiem”, afirmou.
Parece que o braço de ferro diplomático entre Budapeste e Bruxelas não vai ficar por aqui.
Eu chantageio, tu chantageias; nós chantageamos. Putinho sorri.
Escorracem este pró-Putin da UE.
Isto é um miserável que só está a tentar sovietizar a Europa ocidental. Rua com este bandido!
Nâo há dinheiro para policias, professores, médicos , funcionários, hospitais, etc, etc, etc, mas hã para bombas de ucranianos, , doenças de brasileiros , roubos diários…Portugal passa tempos nojentos …
Todos eles a brincarem o jogo do poder e a medirem as respetivas, o contribuinte a pagar tudo isto!
Só mesmo uma limpeza destas elites TODAS!
O povo que verdadeiramente paga impostos, é o povo mais regalias deveria ter
O mundo a alinhar-se por baixo, com o próprio consentimento
50 bilhões davam para matar a fome a milhões de crianças, e dar-lhes uma educação decente em inúmeros países pobres. . Mas pelo contrário, esse dinheiro vai literalmente matar mais gente, incluindo crianças. Esta deve ser a última vez que escrevo aqui, porque me dão vómitos os habituais comentários dos alarves de plantão.