Águia acorda na “bicicleta” de Arthur e goleia

Tiago Petinga / Lusa

Vitória do Benfica que os números finais indicam como tranquila, mas esteve longe de o ser, em especial até perto do intervalo.

O Estrela da Amadora marcou primeiro, criou muito perigo e mostrou-se superior a uma “águia” lenta e sem ideias.

Até que uma “bicicleta” de Arthur Cabral e um golo de Rafa logo a seguir viraram a partida do avesso.

Depois foi controlar, marcar por Otamendi, descansar com a expulsão de Régis e fechar com mais um golo de Marcos Leonardo, que chegou ao terceiro tento em três partidas na Liga.

Jogo pobre na primeira parte, muito por culpa do Benfica, que se apresentou lento e amorfo. As “águias” até tiveram as duas primeiras ocasiões, com Rafa a isolar-se, mas a deixar-se desarmar por Mansur, e depois com Kökçü quase a ser feliz de livre directo.

Contudo, o Estrela reagiu e marcou aos 28 minutos, num lance de insistência de Leo Jabá, a rematar por entre as pernas de Trubin.

A seguir foi Arthur Cabral a “passar” a bola a Bruno Brigido quando tinha tudo para facturar e Régis a falhar isolado, logo de seguida. Até que, de repente, tudo mudou.

Numa altura de algum marasmo no ataque benfiquista, Arthur Cabral inventou (44′) um pontapé de bicicleta para empatar a partida. E dois minutos volvidos, Rafa arrancou um pontapé inesperado, muito colocado, para o 2-1.

Arthur era, mesmo com uma ocasião flagrante falhada, o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.0, pelo golo acrobático e pelos dois remates enquadrados em dois tentados.

O Benfica entrou bem na segunda parte e marcou aos 52 minutos. Arthur cabeceou à barra e, na recarga, Otamendi emendou com sucesso. E logo a seguir, Brigido defendeu, com a cabeça, um remate de Rafa, que surgiu isolado.

A situação do Estrela complicou-se mais ainda aos 71 minutos, quando Régis viu o segundo cartão amarelo e foi para os balneários mais cedo.

O Estrela recuou com a expulsão, o Benfica abrandou o ritmo e procedeu a diversas alterações, o que afectou a qualidade do jogo.

Assim, as oportunidades passaram a escassear, mas Marcos Leonardo, entrado há poucos minutos, voltou a picar o ponto para o 4-1 final, nos descontos.

Melhor em Campo

Aos poucos Arthur Cabral vai assumindo protagonismo e importância nesta equipa do Benfica e foi o melhor em campo na Reboleira, com uma exibição que virou o jogo a favor de uma formação “encarnada” e começou mal o encontro.

O atacante brasileiro registou um GoalPoint Rating de 7.3, com um golo de bicicleta, o máximo de remates (5), dois deles enquadrados, um à barra, cinco acções com bola na área contrária e dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três.

A ocasião flagrante corta-lhe a nota.

Resumo

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