O que se passa com Kate Middleton? Situação inédita na realeza britânica

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A Princesa de Gales Kate Middleton está hospitalizada depois de ter feito uma cirurgia abdominal. As razões da operação são desconhecidas, mas o que surpreende é a forma como a Família Real divulgou dois comunicados oficiais sobre a saúde de Kate e do Rei Carlos III em apenas 90 minutos.

“A Família Real raramente comenta publicamente questões privadas”, “principalmente quando se trata da saúde”, nota a correspondente real da Sky News Laura Bundock.

E “é por isso que a divulgação de duas declarações, com um intervalo de 90 minutos entre uma e outra, é altamente incomum“, destaca num artigo de opinião.

Tudo começou com o anúncio da hospitalização de Kate Middleton nesta quarta-feira, 17 de Janeiro.

A Princesa de Gales, de 42 anos, deu entrada numa clínica de Londres para uma “intervenção cirúrgica abdominal programada”, aponta o comunicado do Palácio de Kensington.

“A operação desenrolou-se com sucesso e está previsto que ela permaneça no hospital durante 10 a 14 dias“, aponta o mesmo comunicado.

Rei, Príncipe e Princesa fora de acção

A Princesa de Gales deverá ficar em recuperação até à Páscoa e, portanto, não vai poder exercer as suas funções reais durante este período.

Esta situação também coloca o Príncipe William “fora de acção” quanto aos deveres reais, uma vez que terá de dar apoio à mulher e aos três filhos.

Mas também o Rei Carlos III não poderá exercer as suas responsabilidades reais porque vai fazer um tratamento à próstata. Uma situação que foi comunicada oficialmente aos britânicos logo depois do anúncio da cirurgia de Kate Middleton.

“Motivar preocupações e fazer manchetes sobre a sua saúde não seria, certamente, a forma como [a realeza britânica] gostaria de começar o novo ano”, destaca Laura Bundock na Sky News, reparando para a súbita, e pouco habitual, transparência da monarquia quanto a questões tão privadas.

Uma nova abertura?

“Detalhes sobre a saúde dos membros da realeza são, geralmente, um segredo bem guardado e apenas são anunciados ao público em circunstâncias limitadas”, repara a BBC, notando que “divulgar duas actualizações significativas num dia foi surpreendente“.

Será do cunho de Carlos III, rompendo com aquela que foi a prática da sua mãe, a Rainha Isabel II? Só o poderemos confirmar, ou não, nos próximos tempos, mas a BBC antecipa que estes comunicados parecem mostrar “um maior grau de abertura” da Família Real.

Contudo, a súbita honestidade da Família Real também pode ser uma forma de “antecipar a narrativa noticiosa”, frisa a BBC, já que surgiriam, inevitavelmente, especulações nos jornais quando o Rei, o Príncipe e a Princesa começassem a cancelar os eventos planeados.

O que se passa com Kate Middleton?

A situação de saúde de Kate Middleton é um pouco mais difusa e os britânicos temem que esteja em causa um problema sério, o que justificaria o anúncio oficial da cirurgia.

“Fica claro pelo tempo que ela precisa para se recuperar e pelo tom da declaração do Palácio que o seu estado é grave, embora tenha sido enfatizado que o procedimento foi planeado e bem-sucedido”, destaca a BBC.

As razões que motivaram a cirurgia não foram anunciadas. Mas o Palácio já descartou que o problema esteja relacionado com cancro.

Quanto ao Rei, o Palácio de Buckingham anunciou que Carlos III vai fazer um “procedimento correctivo” à próstata, num tratamento que é “comum em homens mais velhos” e que não está relacionado com cancro, como destaca a BBC.

Carlos III tem 75 anos e o anúncio deste tratamento à próstata também é visto como uma forma de alertar os homens da sua idade para a importância de cuidarem da sua saúde neste âmbito, e de fazerem exames.

A situação não requer nenhuma acção para “desencadear qualquer um dos mecanismos constitucionais para quando o chefe de Estado está gravemente doente”, reporta ainda a BBC.

Os conselheiros de Estado podem substituir o monarca, por exemplo, para assinar documentos oficiais. Mas o Palácio de Buckingham já anunciou que isso não vai ser necessário.

Susana Valente, ZAP //

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4 Comments

  1. Uma das coisas a que acho piada nisto das realezas é a mania dos nossos jornalistas/comentadores/coscuvilheiros traduzirem os nomes deles ( a maior parte) para português. Assim, Elizabeth era Isabel, Charles é Carlos, Andrew é André, etc. No entanto, há uns lapsos: William permanece William (podia ser Guilherme), Harry continua Harry, Kate mantem-se Kate. Qual será a lógica? Se há alguma…

  2. Provavelmente, é o mesmo processo pelo qual dizemos Londres e não London, Moscovo e não Moskva, Espanha e não España, Inglaterra e não England, Florença e não Firenze, etc., etc. São exónimos. No caso de nomes de pessoas (não tenho a certeza de também serem exónimos) Kate e William, em vez de Catarina e Guilherme, pode ter a ver com a globalização da informação através da internet (levando-nos a pronunciar os nomes tal como sempre aparecem), algo que não existia no tempo de Carlos e Diana. No entanto, André foge a essa regra (se é que é regra), talvez por ser mais fácil para nós, portugueses, aportuguesar esse nome. Isto não se aplica apenas à realeza. Um exemplo é o caso de Martinho Lutero, em vez de Martin Luther, outro, o de Carlos Mardel, em vez de Martell Károly e há muitos outros, com certeza.
    PS: Espero que não leve a mal esta tentativa de esclarecimento, baseada em conhecimento pessoal e rápida pesquisa na internet! Pode ser útil a mais pessoas. Acrescento que não sou professor de Português.

  3. Só ainda não percebi como se designam os habitantes dos Países Baixos, desde que a Holanda se passou a designar “Países Baixos”.

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