Problema afecta milhões de casais. Muitos dos casos de infertilidade estão relacionados com a incapacidade de produzir esperma.
Um estudo recente trouxe novas perspetivas sobre o processo de formação de espermatozoides.
O estudo promete apresentar novos caminhos para tratamentos para a infertilidade masculina.
A análise focou-se no complexo sinaptonémico, uma grande estrutura proteica crucial para a produção de espermatozoides e óvulos em organismos que se reproduzem sexualmente.
Este complexo atua como uma ponte, mantendo os pares de cromossomas no lugar e facilitando interações genéticas essenciais durante a meiose, o processo de divisão celular que produz espermatozoides e óvulos.
Os investigadores descobriram que alterar um ponto específico nesta estrutura proteica em ratos levou ao seu colapso e subsequente infertilidade.
É um ponto importante: um mecanismo semelhante pode causar infertilidade masculina em humanos, sublinha o portal Interesting Engineering.
Katherine Billmyre, investigadora principal, enfatizou a importância de entender a formação do complexo sinaptonémico para compreender como os cromossomas se separam corretamente nas células reprodutivas.
A análise da equipa revelou que defeitos na meiose eram uma causa primária de infertilidade.
Pesquisas anteriores examinaram vários proteínas que constituem o complexo sinaptonémico, as suas interações e mutações relacionadas à infertilidade masculina. O estudo em questão aprofundou-se numa proteína específica, essencial tanto em humanos quanto em ratos, que faz parte da estrutura em forma de grade deste complexo.
O trabalho meticuloso dos pesquisadores, semelhante à precisão cirúrgica, concentrou-se numa pequena parte de uma proteína dentro do enorme complexo sinaptonémico. Esta abordagem direcionada baseava-se na crença de que esta pequena secção poderia contribuir significativamente para a infertilidade.
Ao modelar mutações numa região crucial da proteína humana, a equipa previu que alterações poderiam perturbar a sua função. Esta abordagem permitiu-lhes avaliar a funcionalidade de secções essenciais da proteína em organismos vivos pela primeira vez.
Esta análise confirmou que uma única mutação, conforme antecipado pelos modelos, era responsável pela infertilidade dos ratos.