Casal apresentou certidão de casamento. Esposa deficiente permitiria ao marido escapar à guerra.
Um novo projecto-de-lei de mobilização de soldados para a guerra criou nova polémica interna na Ucrânia.
Tem alguns pontos “escandalosos”, como refere o canal TSN.
A discussão tem-se centrado nos castigos para quem tenta fugir da mobilização: proibição de transacções com bens móveis e imóveis, restrições ao direito de conduzir ou de ter carta de condução, restrições ao direito de dispor de fundos e outros valores, contratos de crédito recusados, suspensos benefícios e serviços do Estado.
Entre outros pontos controversos está o cancelamento do adiamento (e a mobilização passa a ser possível) para pessoas com deficiência do grupo III.
Precisamente pegando por aqui, um ucraniano tentou escapar ao casar-se com uma mulher com deficiência do grupo II.
O homem tem 44 anos, a mulher 57. E casaram-se recentemente.
Nesta semana o recém-casal apareceu num posto de fronteira com a Polónia, país para onde queria ir.
O Serviço de Fronteira da Ucrânia escreve que se deparou com “recém-casados”. Entre aspas, mesmo.
Mesmo com a certidão de casamento e com a certidão de pessoa com deficiência, que assim tinham base legal para deixar o país, foram feitas umas perguntas extra.
“Durante a verificação adicional, os “cônjuges” admitiram que o casamento foi arranjado“, informou a autoridade.
Ou seja, casaram de propósito para o homem não combater na guerra.
O ucraniano é agora suspeito de cometer o crime “transporte ilegal de pessoas através da fronteira”.