O nosso corpo é um saco cheio de sacos

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Rins = filtros, cérebro = computador, sistema digestivo = tubo, mãos controladas como uma marionete. E o corpo no geral?

A pergunta é lançada por Bethany Brookshire, que esteve muito tempo à procura mas encontrou uma comparação adequada.

Os nossos corpos são como tubos, alavancas ou computadores, mas são, acima de tudo, como sacos. Sacos que estão enfiados noutros sacos, enfiados em ainda mais sacos.

Esta analogia apresentada no Scientific American não é apenas uma ferramenta de visualização, mas também oferece uma compreensão simples e, ao mesmo tempo, profunda das nossas funções fisiológicas.

Bethany, jornalista e autora, baseia-se muito no livro Moore’s Clinically Oriented Anatomy, que compara os dentes a articulações, indica que algumas pessoas têm costelas extras ou tecido mamário em locais inesperados, etc..

O conceito de ‘sacos’ é observado por todo o corpo. A pele é descrita como um saco multicamadas, o coração está envolvido em dois sacos e o cérebro e a medula espinal são protegidos pelas meninges.

Até os músculos são organizados em compartimentos fasciais que se assemelham a cubos embalados a vácuo.

Estes sacos desempenham várias funções, desde reduzir o atrito até proteger órgãos delicados.

Além disso, o nível celular do nosso corpo também é visto através desta lente. Cada célula é um saco, com organelas no interior a funcionar como micro sacos. Mesmo a nível molecular, as células usam vesículas, pequenos sacos, para transportar mensageiros químicos.

Na medicina, compreender e replicar estes ‘sacos’ é crucial. Há cientistas a explorar vesículas sintéticas para libertação química direcionada e placentas artificiais para prematuros. Estes estudos sublinham a importância da analogia do ‘saco’ no avanço da ciência médica.

No nosso âmago, somos simplesmente ‘sacos até ao fim’.

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