Uma historiadora britânica “redesenhou” a imagem de Jesus Cristo com base em textos arqueológicos e no estudo da Bíblia e da história da época em que o chamado Messias viveu. E o resultado está muito longe da figura tradicional que conhecemos.
A professora Joan Taylor, da Universidade King’s College, em Londres, no Reino Unido, apresentou em 2018 o que considerou ser o “rosto” de Jesus Cristo, tal como descrito no livro What Did Jesus Look Like? (“Qual era a aparência de Jesus?”).
A académica divulgou um retrato de Jesus Cristo nada parecido com a imagem que tradicionalmente é usada, e deu-nos a conhecer uma reconstrução da autoria da artista Cathy Fisher, que nos mostra um homem muito mais robusto do que a figura frágil que imaginávamos.
As primeiras representações artísticas do Messias datam de cerca de dois Séculos depois de ter morrido.
Em 2017, um historiador inglês anunciou ter descoberto o primeiro retrato real de Jesus Cristo, depois de ter encontrado uma moeda de bronze, datada do Século I, que representa um rei guerreiro. Esse rei seria Jesus Cristo, segundo a sua teoria.
Segundo o Live Science, na sua pesquisa, Joan Taylor socorreu-se de textos arqueológicos que falam da aparência dos judeus, na Judeia e Egipto, na época em que Jesus viveu, e concluiu que o Messias devia ser parecido com as pessoas do Médio Oriente.
A conclusão resulta também da análise de imagens em moedas e pinturas de múmias egípcias.
A investigadora concluiu ainda que Jesus, como judeu nascido em Belém, que viveu no Egipto enquanto criança, antes de se mudar para a Nazaré, teria cerca de 1,70m de altura (uma estatura média para a época), olhos castanhos e cabelos pretos.
O cabelo e barba seriam bem aparados, relativamente curtos e bem penteados, como era prática habitual, “provavelmente para afastar os piolhos, um grande problema da altura”, explica a professora. E até poderia usar uma faca para aparar a barba e o cabelo, referiu.
Taylor notou, ainda, que, considerando que a Bíblia o descreve como um carpinteiro, que caminhava muito e que nem sempre tinha que comer, “era um homem físico”. “Não deve ser apresentado como alguém que vivia uma vida leve, e essa é, muitas vezes, a imagem que recebemos”, sublinhou.
Sobre a forma da boca e do nariz, só podemos imaginá-la, mas a académica destacou que Jesus Cristo teria cicatrizes ou outras marcas na pele, resultantes do trabalho árduo como carpinteiro.
Além disso, Jesus não seria particularmente bonito, porque na Bíblia nada se diz sobre isso, ao contrário de outras figuras como Moisés e David que são descritas nesses termos, realçou a professora.
Analisando a roupa que Jesus terá usado, com base em vestígios arqueológicos e nos Evangelhos, Taylor concluiu que vestiria habitualmente “uma túnica de lã que lhe deixava as pernas destapadas, possivelmente uma tanga, e um “manto”, ou capa exterior, para se aquecer”.
Estas roupas remendadas e gastas fariam Jesus “parecer muito pobre”, notou Taylor – que presume ainda que calçaria uma espécie de sandálias.
O trabalho de Joan Taylor e Cathy Fisher não é a única recriação da imagem de Jesus. Em 2001, num documentário produzido pela BBC, o especialista forense em reconstruções faciais Richard Neave usou conhecimentos científicos para chegar a uma imagem que pode ser considerada próxima da realidade.
“Os judeus da época eram biologicamente semelhantes aos judeus iraquianos de hoje. Assim, acredito que Jesus tinha cabelos de cor castanho-escura a preta, olhos castanhos, pele morena. Um homem típico do Oriente Médio“, afirmou Neave.
“Certamente Jesus era moreno, considerando a tez das pessoas da região e, principalmente, analisando a fisionomia de homens do deserto, gente que vive sob o sol intenso”, explicou o designer gráfico brasileiro Cícero Moraes, conceituado especialista em reconstituição facial forense.
O artista brasileiro, que já fez a reconstituição facial de 11 santos católicos (entre os quais o do “nosso” Santo António), criou também para a BBC a sua própria versão da imagem do rosto de Jesus Cristo.
Há bastantes semelhanças nos conceitos artísticos desenvolvidos por Joan Taylor, Richard Neave e Cícero Moraes, e um traço comum: ao contrário do que nos dizem as representações populares tradicionais, Jesus não era frágil — nem bonito.
Sacrilégio , Heresia ,Infâmia …………..O J.C , era un Adónis , O Papa que o diga !