“Aldeia fantasma” no Douro está à venda, um ano depois de ter sido comprada

Ramajero / Wikimedia Commons

Aldeia de Salto de Castro em Zamora, Espanha.

Aldeia de Salto de Castro em Zamora, Espanha

Um ano após a sua compra, a aldeia espanhola Salto de Castro, localizada em frente à barragem do Castro, perto de Miranda do Douro, volta a estar à venda, por mais do dobro do preço. O empresário que, no final de 2022, comprou a “aldeia fantasma” por 260 mil euros, quer vendê-la agora por 580 mil.

Salto de Castro é uma “aldeia fantasma” espanhola, da província de Zamora, que faz na fronteira com o concelho de Miranda do Douro (Bragança).

Com a expansão da barragem de Castro, Salto de Castro foi construído pela Iberduero – a atual Iberdrola – para acolher os funcionários (e respetivas famílias) que trabalhavam na barragem.

No entanto, ao longo do tempo, os processos de mecanização e de automação que foram implementados para a manutenção da barragem levaram à dispensa dos funcionários que viviam dela.

Dado o contexto, os trabalhadores foram saindo da aldeia e Salto de Castro ficou totalmente ao abandono, em 1989, com

Naquele local em frente à barragem do Castro há ainda 44 casas, uma igreja, uma escola, uma piscina e  um quartel da polícia.

Planos por água a baixo

No início do século, a povoação foi comprada por privados, com o intuito de a transformar numa aldeia turística, explorando o seu potencial por estar integrada no chamado Parque Natural das Arribas do Douro.

Só que os planos nunca chegaram a ir para a frente e os proprietários puseram a aldeia à venda.

Em 2017, pedia-se 1,7 milhões de euros pela aldeia, mas não surgiram ofertas nesse valor. Em 2019, voltaram a tentar a venda, mas já por 6 milhões de euros.

No ano passado, o preço de venda da aldeia desceu para os 260 mil euros e, segundo o Idealista, os proprietários da aldeia foram interpelados por “investidores de mais de 20 países”, incluindo Arábia Saudita, Rússia, Brasil, Reino Unido.

Foi Óscar Torres, dono da construtora Iniciativas FAOS – especializada em restauros de edifícios históricos, com parceiros no sector da hotelaria – que adquiriu a povoação por 300 mil euros.

O objetivo de Óscar Torres era transformar a aldeia num empreendimento turístico, dotando-a de restaurantes, lojas, de um hotel e de apartamentos turísticos, num investimento que podia chegar aos cinco milhões de euros.

Mas, pouco mais de um ano depois, a aldeia volta a estar à venda e, agora, pelo dobro do preço.

ZAP //

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