Líder do Chega espera chegar ao Governo mais depressa do que pensava. O obstáculo maior é o PSD. E a campanha eleitoral pode reverter esta mudança.
No dia 7 de Novembro, quando António Costa anunciou a sua demissão, houve outro aspecto que mudou imediatamente no panorama político português: a postura de André Ventura.
Logo na primeira reacção, o líder do Chega disse: “Esta era a única saída para António Costa. Os portugueses devem ser chamados novamente às urnas, embora reconheça que este não é o melhor momento”.
“Estamos prontos para governar. Da nossa parte tudo faremos para ter governo em funções o mais rapidamente possível”.
Recusou “declarações políticas e propagandísticas” num momento que era do Presidente da República.
No dia seguinte, acrescentou que compreende que as eleições fossem marcadas para daqui a alguns meses por causa do Orçamento do Estado e por causa da reestruturação do PS. Compreende esses aspectos.
O volume baixou. O político agressivo transformou-se num mais contido, moderado. E o discurso, mais institucional do que nunca, destacou a importância do regime e o futuro do país.
O Chega quer fazer parte de um Governo em Portugal. Há anos que esse discurso é público. Agora surge uma “janela” mais rapidamente do que o próprio partido pensava: Março de 2024.
O maior entrave nessa intenção: o PSD. Luís Montenegro já disse – e repetiu – que nunca vai formar Governo com o Chega.
Por isso, a estratégia está bem delineada: uma postura mais moderada e aproximar-se do PSD, destaca o jornal Observador.
Se a ideia é chegar ao poder, a contenção é essencial para o Chega convencer mais eleitores, subir nas eleições e ter os deputados suficientes para formar coligação com o PSD.
Mas, para isso, será essencial deixar os ataques constantes de lado, as “atribuições colectivas de culpa” como disse Santos Silva, ou os momentos de “stand-up comedy” na Assembleia da República, citando o líder do grupo parlamentar do… PSD, Joaquim Miranda Sarmento.
Dirigentes do Chega acreditam que o seu líder vai ponderar melhor o que diz; mas já duvidam de que esta versão se prolongue para a campanha eleitoral.
Dentro do próprio Chega, há quem acredite que Montenegro se aproxime de Ventura e até aceite negociar com o Chega depois das eleições – mas só se André Ventura moderar o seu tom.
Por isso, devem ficar para trás frases como: “Às vezes penso que deveria liderar o Chega e o PSD ao mesmo tempo”.
Mesmo assim, entra outro factor contra Ventura: apelar ao voto no Chega é (também) retirar votos ao PSD. Aliás, André Ventura já disse que os portugueses “têm de escolher se querem o PSD a governar ou o Chega”.
E depois há Pedro Nuno Santos. Caso o ex-ministro seja eleito secretário-geral do PS, os ataques devem voltar, o tom vai voltar ao que era (e o foco chamado PSD passa para segundo plano).
André Ventura diz algumas verdades, mas o que ele pretende é dar nas vistas. Um verdadeiro populista…
Agora, apresenta-se sensatinho, um lobo com pele de cordeiro.
Talvez precisemos mesmo de um lobo, dada a bandalheira a que este país chegou. O futuro é incerto, mas não por causa do Chega. O maior culpado é o sr. Costa e o eu PS, que fizeram de Portugal parecer um segundo Brasil.
Pois é, um indivíduo que ia ser padre! O que a Madre Igreja não perdeu…
Este “artista” é mais um sem escrúpulos a servir-se do sistema para alcançar mais poder e dinheiro: é o assalto ao poder, na verdade.
Já se esqueceram que ele chegou a receber dos Estado mais de dois mil euros para efetuar um mestrado ou doutoramento no Reino Unido? E agora cai em cima dos outros se eles obtém alguma vantagem do sistema…
Um populista do pior entre todos os energúmenos que pululam na política portuguesa! E manhoso como é, irá longe certamente…