Os Médicos Sem Fronteiras falam de uma situação “catastrófica” no hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, depois de Israel ter intensificado os bombardeamentos neste local. Um bebé terá morrido devido à falta de electricidade.
O hospital Al-Shifa ficou sem electricidade devido aos ataques israelitas, o que está a provocar a morte dos primeiros doentes, entre os quais um bebé prematuro, anunciou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
“O Complexo Médico Al-Shifa de Gaza ficou sem água, combustível, alimentos, electricidade e telecomunicações, com milhares de pessoas no seu interior, incluindo feridos, doentes e deslocados“, afirma o Ministério da Saúde de Gaza num breve comunicado.
O director-geral dos hospitais de Gaza, Mohamad Zakut, alerta que há 39 recém-nascidos em risco na unidade de cuidados intensivos pediátricos que deixou de funcionar.
Anteriormente, o médico Munir al-Borsh, citado pelo ministério, comunicou a morte do primeiro recém-nascido prematuro sob cuidados na unidade neonatal.
“Morreu devido ao corte total de electricidade. O pessoal médico tem estado a fazer respiração artificial manual a alguns deles durante três horas consecutivas”, salientou o médico.
Doentes nos cuidados intensivos vão morrer
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo islamita Hamas, os franco-atiradores israelitas instalados nos edifícios que rodeiam o complexo estão a disparar contra quem tenta sair ou deslocar-se entre os edifícios do complexo.
O director-geral dos hospitais de Gaza adianta que “as portas do hospital continuam abertas”, mas não podem prestar assistência médica aos doentes. Devido à falta de telecomunicações, os médicos não conseguem comunicar entre hospitais.
“Apelamos à comunidade internacional para que ponha fim a estes crimes de guerra“, nota o director-geral dos hospitais de Gaza, falando de uma situação “muito crítica” e avisando que, se nada for feito, os doentes internados nos cuidados intensivos vão morrer.
A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) lamenta que a situação é “catastrófica” depois dos ataques israelitas ao hospital Al Shifa que se intensificaram durante a noite de uma forma “dramática”.
A intensificação da ofensiva israelita coincide com a realização na Arábia Saudita de uma cimeira extraordinária de países árabes e islâmicos para chegar a uma “posição colectiva unificada” sobre a guerra na Faixa de Gaza e as suas repercussões “sem precedentes”.
Macron pede a Israel para parar de matar bebés
O director-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Robert Mardini, manifesta que a organização está “chocada e assustada” com “as imagens e relatos” que chegam de Gaza.
Este responsável nota que esta “situação insuportavelmente desesperadora” deve parar de imediato, e que os doentes e funcionários do hospital devem ser protegidos.
We @ICRC are shocked & appalled by the images & reports coming from Al-Shifa hospital in #Gaza.
The unbearably desperate situation for patients & staff trapped inside must stop. Now.
Hospitals, patients, staff & health care must be protected. Period. https://t.co/pdDlR5dsAW— Robert Mardini (@RMardiniICRC) November 11, 2023
O presidente de França, Emmanuel Macron, junta-se aos apelos e “exorta Israel a cessar” os bombardeamentos que estão a matar civis na Faixa de Gaza.
“Partilhamos a dor” de Israel e “a sua vontade de se desembaraçar do terrorismo”, mas “não há qualquer justificação” para os bombardeamentos que matam civis, nomeadamente “bebés, mulheres e idosos”, salienta Macron em entrevista à BBC.
Questionado sobre uma eventual violação do direito internacional por Israel, Macron refere que não é “um juiz, mas um chefe de Estado”.
Na sexta-feira, as tropas israelitas começaram a cercar o hospital Al-Shifa e vários outros centros hospitalares importantes em Gaza.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é dirigido pelo braço armado do Hamas, disse na sexta-feira que pelo menos 20 pessoas foram mortas num ataque israelita a Al-Shifa.
Mais de 11 mil pessoas foram mortas e quase 27.500 ficaram feridas na Faixa de Gaza na guerra que eclodiu a 7 de Outubro, na sequência de um ataque do Hamas contra Israel, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 240 sequestradas.
ZAP // Lusa
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O cerco apertou e agora ficam nervosos…
Como se faz pra acreditar no “Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo islamita Hamas”?
Êxodo 21:24 , Este Capitulo do A.T , os Radicais Fundamentalistas Judaicos não o querem esquecer ! …. Digo isto sem tomar posição por a Palestina nem por Israel ! ……………Este “Filme de Horror” já dura há Seculos ! …..Matar Crianças e Inocentes estes dois beligerantes , não tem um mínimo de Humanismo !
E como fazes para Acreditar nos santinhos dos judeus