Mais de metade dos inquiridos já têm dificuldade em pagar a casa agora; e não teria hipótese de comprar ou arrendar outra casa.
Pagar a casa, seja ao banco, seja a renda, é uma preocupação para milhares de portugueses. E um estudo confirma isso.
Os números são do barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos à crise da habitação em Portugal, que teve mais de 1.000 respostas.
Algumas conclusões ganham destaque. Desde logo, esta percentagem: 12% – sensivelmente uma em cada nove pessoas – tem medo de ficar sem a casa a curto ou médio prazo. É um número “inquietante”, lê-se no estudo.
Nessa “fatia”, metade coloca no topo das preocupações o aumento do valor da prestação, ou da renda. Segue-se a iniciativa do senhorio (28%) na lista de preocupações.
E uma em cada três pessoas que receiam perder a casa não teria para onde ir, se isso acontecesse. Não têm meios para comprar/arrendar outra casa, nem a quem recorrer.
Outro número relevante: 62% têm dificuldade em pagar a prestação mensal da casa. 13% sentem “grande dificuldade”.
Cerca de um em cada quatro pessoas (27%) viu mesmo os seus planos de vida condicionados por causa da habitação.
Há reparações ou melhorias urgentes para fazer em 67% das casas.
Em relação aos factores no momento de escolher a casa, 52% dá prioridade ao valor: “Ser uma casa que consigo pagar”. A qualidade da casa (41%) aparece atrás de outros factores: boa acessibilidade (46%) e proximidade do trabalho ou escola (42%).
A maioria dos portugueses vive em casa própria (66%), enquanto 19% estão em casa arrendada e 13% em imóvel cedido.
E, apesar dos diversos problemas, a esmagadora maioria dos inquiridos (81%) está satisfeita ou muito satisfeita com a sua casa.
IMI sobe 6,75%
Para quem é proprietário, outra notícia pouco motivadora: em 2024 o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai subir 6,75% na habitação e 9% nos serviços, comércio e indústria.
Os números foram publicados em Diário da República, nesta quarta-feira.
É uma diferença significativa em relação a 2023: neste ano o aumento do IMI na habitação foi 0,75% na habitação e 1% nos serviços, comércio e indústria
Estes aumentos vão ser aplicados nos prédios que sejam alvo da atualização automática do Valor Patrimonial Tributário, esclarece o ECO.
Num exemplo prático: quem paga 500 euros de IMI por ano, passará a pagar 533,75 euros.
Força, subam os “IMIS e AIMIS” e depois queixem-se do preço das rendas.
Perguntem às inteligentes “bloqueiras” o que é que os inquilinos ganharam com o aimi.
A política habitacional é a tromba perfeita do PS
Este PS foi, é e sempre será uma vergonha! O Zé paga é eles mão no prato em governos sucessivos.
Já estou como o Rio, não souberam dizer basta, vão ter de dizer chega!
Mas alguém sóbrio, acredita que um país com serviços públicos ( educação, saúde, justiça etc) consegue sobreviver sem impostos?