Xerfice do condado Lee
A descoberta foi feita por uma antropóloga que estava a fazer compras quando se deparou com um crânio verdadeiro no meio das decorações.
Uma loja de antiguidades na Flórida fez manchetes na última semana depois de uma antropóloga ter encontrado um crânio humano real na secção de Halloween enquanto fazia compras.
O achado inesperado ocorreu no Paradise Vintage Market em North Fort Myers. A descoberta foi feita durante um evento de fósseis na loja, onde a antropóloga estava a fazer compras e reconheceu imediatamente que o suposto adereço de Halloween era, de facto, um crânio humano.
A especialista contactou imediatamente as autoridades, resultando numa investigação pelo LCSO, que levou o crânio para análises adicionais.
A Capitã Anita Iriarte do LCSO destacou o quão invulgar foi o telefonema recebido, comentando que não é todos os dias que uma loja de antiguidades reporta um crânio humano entre os seus artigos à venda.
O Exame Médico Distrital 21 suspeita que se tratam de restos humanos genuínos, com cerca de 75 anos de idade, e sem sinais de trauma ou evidências de práticas suspeitas na sua preservação.
Beth Meyer, sócia-gerente do Paradise Vintage Market, descreveu o incidente como uma experiência “incomum e interessante”, explicando que o crânio foi encontrado numa unidade de armazenamento adquirida há vários anos.
O crânio ficou guardado após a passagem do Furacão Ian, até que a loja, que se estende por cerca de 2973 metros quadrados e abriga mais de 125 comerciantes, pôde reabrir.
“Um delegado do xerife pediu para falar comigo sobre uma denúncia de que tínhamos um crânio humano na loja”, disse Meyer. “Uma compradora ligou; é antropóloga e temia que o crânio pudesse ser de um nativo americano.”
A preocupação emergiu que o crânio pudesse ser de origens Nativas Americanas, o que, segundo as leis dos EUA, impõe restrições específicas ao seu manuseio. Em tal caso, os restos seriam devolvidos a uma tribo local com uma cerimónia adequada. Por enquanto, o crânio será submetido a testes de longa duração em Gainesville para determinar a sua origem exata e outros detalhes pertinentes.
O LCSO, embora tenha confirmado que o crânio é humano, não suspeita de atividade criminosa relacionada com o seu aparecimento na loja. Este caso reforça a complexidade e os desafios que podem surgir no comércio de antiguidades e objetos de segunda mão, especialmente quando se cruzam com a ética e a legalidade do tratamento de restos humanos.
