Marcelo Rebelo de Sousa considerou, esta quinta-feira, que a polémica com o fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, relacionada com o conflito armado entre Israel e o Hamas, foi “a melhor publicidade” para o evento.
Paddy Cosgrave demitiu-se da liderança do evento, na sequência de afirmações que fez sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
O fundador da Web Summit chocou alguns ao dizer que “os crimes de guerra são crimes de guerra, mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são”.
Na sequência, Israel decidiu cancelar a participação na Web Summit deste ano, e empresas como a Alphabet e a Meta, detentoras da Google e do Facebook, respetivamente, retiraram-se do leque de parceiros do evento tecnológico.
“A melhor publicidade”
Marcelo Rebelo de Sousa considera que o cenário que levou à demissão de Paddy Cosgrave foi “a melhor publicidade” para esta edição da cimeira tecnológica em Lisboa, em que prometeu aparecer “de surpresa”.
O Presidente da República falava no encontro anual com startups portuguesas que vão participar nesta cimeira tecnológica, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa – que desta vez, ao contrário do que tem sido habitual, não contou com a participação da nova presidente executiva da Web Summit, que é, desde esta segunda-feira, Katherina Maher.
“[Esta edição] vai correr muito bem. E, digo-vos, ironicamente, o que se passou só aumentou a atenção sobre a Web Summit. É o tipo de publicidade que parece às vezes negativa mas é a melhor publicidade: digam mal de mim, mas falem, ou digam que há pequenos problemas, mas falem”, declarou o chefe de Estado.
Segundo o Presidente da República, “na balança de poderes no mundo mexer com um ou outro interlocutor, um ou outro protagonista da Web Summit só prova a importância da Web Summit”.
A edição deste ano desta cimeira tecnológica em Lisboa está marcada para entre 13 e 16 de novembro.
ZAP // Lusa
Se os ocupantes ficarem de fora ninguém sentir a falta desses ocupantes nem das empresas gigantes e corruptas.