O jornalista Damian Ezequiel Pachter, que asemana passada denunciou a morte do promotor Alberto Nisman, publicou no seu Twitter que se encontra a salvo em Tel-Aviv, Israel. “Obrigado a todos. Em breve falamos. Dami”, publicou Pachter.
Damien Pachter, com dupla nacionalidade argentina e israelita, revelou após deixr a Argentina este sábado que estava a deixar o país porque se sentia ameaçado.
Durante algumas horas, o jornalista do Buenos Aires Herald foi considerado desaparecido. Pachter esteve sem contacto com os seus superiores desde sábado.
O jornal emitiu um comunicado, no qual declarava que o jornalista tinha faltado ao trabalho sem aviso prévio. “Nesta situação, o editor fez um contacto com o jornalista, que o informou que tinha ido ao médico, porque não se sentia bem”, revelou a empresa.
Mais tarde, o editor terá tentado novamente contactar o jornalista através do WhatsApp, para saber como estava. Pachter respondeu que estava bem e que o telemóvel tinha ficado sem bateria.
Entretanto, já este domingo, o jornalista viria a publicar no seu Twitter que se encontrava “a salvo em Israel“.
A salvo en Tel-Aviv. Gracias a todos. En breve hablamos. Dami.
— Damian Pachter (@damianpachter) January 25, 2015
Ainda no domingo, Pachter viria a publicar um artigo no jornal israelita Haaretz, no qual explica “porque fugiu da Argentina depois de revelar a história da morte de Alberto Nisman”.
No mesmo artigo, o jornalista diz ter sabido que “Nisman foi morto a tiro em casa” através de uma fonte “com uma incrível atenção ao detalhe”, cuja identidade “jamais será revelada”.
O procurador argentino Alberto Nisman foi encontrado morto há uma semana em Buenos Aires.
Nisman acusou a presidente Cristina Kirchner e o ministro dos Negócios Estrangeiros Héctor Timerman de cobertura à participação do Irão num atentado contra um centro judaico, em 1994, quando um carro-bomba explodiu à porta da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), destruindo o prédio, no centro de Buenos Aires, e matando 85 pessoas.
Encarregado de investigar o caso, Nisman acusou Cristina e Timerman de negociar com o Irão um plano de impunidade para encobrir os acusados, em troca de acordos comerciais.
Entre os suspeitos, estão altos funcionários do governo iraniano, com pedido de captura pela Interpol.
O corpo do procurador viria a ser encontrado pela mãe, no quarto de banho do apartamento, com um revólver calibre 22, no dia em que deveria apresentar-se no Congresso argentino, para explicar a denúncia contra a presidente Kirchner.
A causa e as circunstâncias da morte estão a ser investigadas.
ZAP / Agência Brasil