Uma sonda da NASA começará a fotografar Plutão depois de viajar cinco mil milhões de quilómetros em nove anos para chegar ao planeta anão.
A missão está a ser anunciada como o último grande encontro na exploração planetária e será uma das primeiras oportunidades de estudar o planeta anão de perto. Como a sonda ainda está a 200 milhões de quilómetros de distância, Plutão dificilmente será perceptível nas imagens – apenas um pontinho de luz contra as estrelas.
Mas as imagens são fundamentais para um posicionamento mais próximo da sonda New Horizons, da NASA, que fará um sobrevoo a 14 de julho, e a equipa da missão diz que essa visão é necessária para ajudar a alinhar a nave corretamente para o seu sobrevoo.
Uma complicação é que os sete diferentes instrumentos a bordo da nave precisam trabalhar a diferentes distâncias para obter os seus dados. Para tal, a equipa construiu um elaborado programa de observação.
Isto significa que todo o tempo terá que ser gerido com precisão para garantir que o sobrevoo ocorra sem problemas. A abordagem mais próxima de Plutão será realizada em 14 de julho, a uma distância de cerca de 13.695 quilómetros da superfície.
Os responsáveis pela missão querem que os horários exatos sejam executados com uma tolerância de 100 segundos. A New Horizons saberá, então, para onde e quando apontar os instrumentos.
Plutão é o último entre os “clássicos nove” planetas a receber uma visita, uma vez que outras sondas já estiveram em todos os demais planetas do sistema solar, até mesmo nos distantes Urano e Neptuno.
Apesar de Plutão, uma rocha de 2,3 mil km coberta de gelo, ter sido rebaixado em 2006 para a condição de “planeta anão”, os cientistas afirmam que o entusiasmo continua o mesmo.
Os anões são a classe planetária mais numerosa do Sistema Solar, e a sonda New Horizons é uma das primeiras oportunidades de estudar um deles de perto.
O primeiro conjunto de imagens de navegação não deverá ser muito entusiasmante, mas em maio a sonda começará a enviar imagens melhores do que qualquer outras conseguidas pelo telescópio Hubble.
ZAP / BBC