Augusto Santos Silva em confronto directo – e exaltado – com o Chega. Desta vez sem André Ventura pelo meio.
Um plenário na Assembleia da República, nesta sexta-feira, ficou novamente marcado por confronto verbal e tensão entre o presidente Augusto Santos Silva e o Chega. Desta vez sem André Ventura como protagonista.
O tema era desporto. Quando Rita Matias teve a sua intervenção isolada (vídeo no início deste artigo), falou sobre a fuga de cidadãos de países comunistas para o Ocidente na segunda metade do século XX, argumentando que, perante o “fracasso” do modelo comunista, os “académicos marxistas” tentavam agora “derrotar o Ocidente” através da cultura.
A seguir, a deputada do Chega abordou a participação de atletas internacionais transgénero em competições, alegando que adulterava os resultados desportivos e “humilhava e prejudicava as mulheres”, acusando depois o Governo de estar a abrir a “porta ao assédio e violação” nas escolas através de balneários mistos. “Alguém se lembra de uma mulher bater um recorde de um homem?”, perguntou.
Inês Sousa Real (PAN) não quis interromper mas, depois do discurso, pediu uma interpelação à mesa. Queixou-se de “comentários xenófobos, transfóbicos e homofóbicos” e disse a Santos Silva que este poderia ter interrompido o discurso da deputada do Chega.
Joana Mortágua (BE) elogiou a paciência de Santos Silva. “Por menos do que isto, já muitos professores nesta galeria expulsaram alunos da sala de aula”. E pediu para a mesa da Assembleia da República partilhar com todos os deputados o projecto-de-lei do seu partido sobre casas-de-banho mistas.
Rita Matias também pediu uma interpelação à mesa. Mas, antes, Santos Silva falou: “Se vai falar directamente comigo, não pode dizer (como o Chega passou a dizer) ‘senhor presidente de algumas bancadas’. Tem de dizer ‘senhor presidente ou senhor presidente da Assembleia da República’. Quer fazer uma interpelação à mesa nesses termos?”.
“Nesses termos, não. Porque não admito ser censurada no meu discurso, no exercício das minhas funções”, respondeu Rita Matias.
“Não tem a palavra”, interrompeu Santos Silva.
Respondendo a Inês Sousa Real, Augusto Santos Silva disse que não tinha utilizado a sua prerrogativa de interromper a intervenção de Rita Matias por confessar “humildemente a sua incapacidade de seguir o raciocínio expresso”.
“O que foi dito excede em tanto a minha incapacidade intelectual, afetiva, emocional, de acompanhar um argumento qualquer que ele seja, que eu me limitei a esperar que o relógio passasse e o orador em questão finalmente se calasse”, disse.
Inês Sousa Real aplaudiu, tal como diversos deputados do PS.
O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, tentou perguntar onde estava escrito que tinham de começar as suas intervenções tal como o presidente da Assembleia pede.
Rita Matias gritou: “O senhor é um ditador”.
Pedro Pinto parecia que ia aceder mas disse: “Senhor presidente da Assembleia da República… que representa algumas bancadas, não representa a bancada do Chega”.
Santos Silva voltou a interromper: “Se quiser, fale nos termos do regimento”.
Aí, o deputado do Chega acedeu. Mas perguntou: “Onde é que está escrito que tenho de me dirigir assim. Porque o senhor não despe a camisola do PS! Continua a ser o presidente da Assembleia da República da extrema-esquerda aqui representada. Não pode retirar da maneira tirana, como fez, a palavra a uma deputada. O senhor desrespeitou a deputada Rita Matias. E deveria ter interrompido as deputadas Inês Sousa Real e Joana Mortágua. Não o fez porque não consegue ser imparcial“.
Na resposta, Santos Silva disse que nunca retirou a palavra a nenhum deputado, mesmo tendo capacidade regimental para o fazer. “É preciso mesmo um exercício de enorme paciência para não o fazer”.
O presidente da Assembleia da República lembrou que foi eleito com o voto de 156 deputados e é “presidente de todas e todos os deputados, incluindo os deputados do Chega” e, perante todos, cumpre as suas obrigações.
No entanto, no que se refere à expressão “presidente de algumas bancadas”, Santos Silva pediu aos deputados do Chega para “não se acanharem”, salientando que o partido tem cartazes no país, e alguns no parlamento, que sugerem “a eliminação física dos seus adversários políticos” e André Ventura referiu-se, num artigo, à República portuguesa como um “bordel de patifaria”.
“Imagine o que era essa bancada considerar-me a mim seu presidente. Que nódoa seria no meu currículo”, disse.
Bancadas de PS, PAN e alguns deputados do PSD aplaudiram.
Pedro Pinto voltou a falar e destacou a frase sobre os cartazes: “Temos de pedir autorização? Onde estamos? Venezuela, Coreia do Norte, Cuba?” – e acrescentou que Santos Silva deveria ter condenado as agressões a três deputados do Chega; como não o fez, “não pode ser presidente de todos os deputados”.
ZAP // Lusa
Está na hora de fechar essa arena de escândalos e de hipocrisia. É um enorme sorvedouro de dinheiros públicos frequentado por inúteis.
Mas alguém normal quer casas de banho mistas? A esquerda anda doida…
Não estou de acordo com casas de Banho Mistas.
Mas também não quero a extrema direita Racista, xenófoba, Racista, Nazista que tem medo de meia dúzia de ciganos lhe roubem a riqueza quase toda ela explorada a trabalhadores Honestos.
Imagino os patrões desonestos São todos da Extrema direita.
Para isso já temos a Nossa justiça carrega da de juízes e procuradores Incompetentes e ninguém lhes toca.
Para um futuro melhor acabar com o chega repugnante e com a nossa justiça Imparcial
O Burdel de São bento já foi fechado em 1926 até … algures em 1976.
Por isso … é tempo, é mais que tempo de fechar o Burdel de novo e de preferência para sempre!
De acordo consigo Loureiro Esteves Costa votam nesses incompetentes do chega eles é que fazem daquilo outentam fazer um bordel.
Santos Silva é o único, até agora, PAR mais ditador e parcial que eu longo de quase 50 anos de democracia já vi. Santos Silva é o pior PAR de todos os tempos.
Qualquer dia, e pelo andar da carruagem, esta pobre gente esquerdoide ainda vai determinar que toda a gente pode andar nua na rua. Estamos a chafurdar num país de pelintras. Pobre Portugal ao que chegaste.
Santos Silva é um miserável que não tem onde cair morto e que está a aproveitar a política para ao menos poder ser visto. Ficará para história como a maior nódoa do Parlamento.
Loureiro Esteves Costa José Antònio não voto no Chega nem nunca votarei mas estamos numa democracia e não podemos impedir um Partido ou Movimento porque não vai de acordo com os nossos Argumentos, todos temos direito a nossa ideologia e argumentos e se o Chega está a ter muitos votantes a culpa é dos outros Partidos que nos têm Governado que estão a deixar os Portugueses desacreditados com tanta corrupção , impostos e desvios de dinheiro.