O pó lunar pode ser derretido para criar lajes de pavimento e, assim, construir estradas na lua, facilitando o transporte na sua superfície. Será que pavimentar a lua é um plano para o futuro?
Um estudo, publicado esta quarta-feira no Scientific Reports, por investigadores da Universidade de Aalen (Alemanha), mostrou que ter estradas na lua não é uma ideia tão descabida como parece (e é possível).
Nas experiências, os cientistas usaram um laser de 12 quilowatts para aquecer um pó composto por plagioclase, olivina e piroxena, desenvolvido como um substituto para o pó lunar.
Como explica a New Scientist, o pó compactou-se e transformou-se numa estrutura preta e vidrada com uma resistência à compressão comparável à do betão, o que poderia ser usado como uma superfície de estrada.
O objetivo seria “facilitar o transporte na lua”, esclareceu a líder da investigação Miranda Fateri.
Pôr um laser na lua para criar a tal estrada representa, contudo, um grande desafio.
Os investigadores usaram o laser para criar formas triangulares interligadas a partir do solo lunar e suposeram que essas formas pudessem ser colocadas na superfície da lua como ladrilhos para criar uma estrada por onde os veículos pudessem circular.
Esta ideia revolucionária não só facilitaria a condução, como também evitaria que o pó lunar fosse atirado para o ar e danificasse os equipamentos.
No futuro, Miranda Fateri e os colegas planeiam investigar se o material também poderia ser usado para plataformas de aterragem ou de lançamento na lua: “Se aterrar em solo lunar solto, cria-se muito pó. Precisamos de plataformas de aterragem.”