As notícias não podiam ser mais chocantes. Os terroristas do Hamas mataram, pelo menos, 40 bebés e crianças, decapitando alguns deles, nos ataques a duas comunidades junto à fronteira com a Faixa de Gaza. Mas foi isso mesmo que aconteceu?
Os “kibbutzs” de Kfar Aza e Beeri, comunidades colectivas israelitas a alguns quilómetros da fronteira com a Faixa de Gaza, território palestiniano, foram alvo de ataques dos terroristas do Hamas nos últimos dias, num regresso da guerra armada à região.
As autoridades israelitas já recuperaram o controle dessas comunidades que foram invadidas pelo braço armado do grupo islâmico, as Brigadas Qassam. E o cenário que descobriram é de verdadeiro “massacre”, como dizem os jornalistas internacionais que estão na zona.
Pelo mundo, correm as notícias de, pelo menos, 40 bebés e crianças assassinados, com a nota macabra de que alguns foram mesmo decapitados.
Isso mesmo relata a jornalista francesa Margot Haddad numa publicação no seu perfil do X, o antigo Twitter. “Bebés e crianças menores de 2 anos foram decapitados pelo Hamas no “kibutz” de Kfar Aza. É um horror, um massacre”, escreve Haddad.
A jornalista que trabalha no canal francês LCI diz que há “múltiplas fontes” a confirmarem a informação, nomeadamente “o exército israelita, o serviço de Inteligência interno e imagens atrozes” que diz ter visto.
“Mas a melhor fonte” são “jornalistas corajosos da imprensa estrangeira que puderam ver/aceitaram ver com os seus próprios olhos os corpos em Kfar Aza”, acrescenta.
Ça y est l’information est sortie. C’est si macabre que personne ne voulait la donner avant d’avoir eu confirmation à 100%.
🔺 Des nourrissons, des enfants de moins de 2 ans ont été décapités par le Hamas dans le Kibboutz de Kfar Aza. C’est une horreur, un massacre.
Pour ceux… pic.twitter.com/aEyiLIJUlo
— ✦ Margot Haddad ✦ (@margothaddad) October 10, 2023
A correspondente da i24 News em Israel, Nicole Zedek, não consegue conter as lágrimas enquanto vai relatando, numa intervenção em directo, o que aconteceu em Kfar Aza, confessando que “é difícil explicar” o que aconteceu.
“Bebés com as cabeças cortadas, famílias inteiras abatidas nas suas camas”, relata Zedek, frisando que foi o que os soldados israelitas lhe contaram.
Al liberar el kibutz de Kfar Aza encontraron escenas dantescas, que recuerdan a los campos de exterminio nazis.
Gente con balazos, apuñalada y lo más terrible BEBÉS DECAPITADOS.
A la reportera se le caen las lágrimas.#Israel #Gaza #Hamaspic.twitter.com/1FzwLPBrfd— Acción y Comunicación sobre Oriente Medio – ACOM (@ACOM_es) October 10, 2023
Já o jornalista da CNN Nic Robertson não fala em decapitações de bebés, mas reporta “corpos em todo o lado”. “Homens, mulheres, crianças, mãos presas, abatidos, executados, as cabeças cortadas”, destaca.
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“Não é uma guerra. É um massacre”
Em declarações à CNN, o Major General Itai Veruv que liderou as forças israelitas que recuperaram o controle destes “kibbutzs”, refere que “cortaram as cabeças às pessoas“, mas nunca fala especificamente de bebés decapitados.
“Foram de apartamento a apartamento, de divisão a divisão, e mataram bebés, pais e mães nos seus quartos“, aponta Veruv.
“Mataram bebés em frente aos pais, e depois mataram os pais”, acrescenta, notando que encontraram “bebés entre os cães”.
“É algo que nunca vi na minha vida“, assume ainda o Major General. “Não é uma guerra. É um massacre”, conclui.
“It’s not a battlefield. It’s a massacre.”
Here, MG Itai Veruv is preparing journalists to enter Kfar Aza where atrocities have taken place at the hands of Hamas terrorists. pic.twitter.com/1MXMxuWHpA— Israel Defense Forces (@IDF) October 11, 2023
No Twitter das Forças de Defesa de Israel que englobam o Exército, a Marinha e a Força Aérea do país, publica-se uma fotografia de um quarto de criança, com a cama toda ensanguentada e a legenda de que “só uma organização terrorista genocida é capaz de tais horrores”.
Only a genocidal terrorist organization is capable of such horrors. pic.twitter.com/6s3ED3KSdE
— Israel Defense Forces (@IDF) October 11, 2023
Exército israelita não confirma, Hamas nega
Um porta-voz do exército israelita não confirma as alegações de que o “Hamas decapitou bebés”, conforme declarações recolhidas pela agência de notícias turca Anadolu.
O Hamas também já desmentiu a informação, alertando a imprensa internacional para ter cuidado, para não “adoptar descaradamente e cegamente” a “narrativa de Israel” sem verificar os factos, conforme uma nota enviada à agência Anadolu que é divulgada no jornal online paquistanês The Express Tribune.
“Afirmamos categoricamente a falsidade das alegações fabricadas promovidas por alguns meios de comunicação ocidentais, que adoptam, de forma não profissional, a narrativa sionista cheia de mentiras e calúnias contra o nosso povo palestiniano e a sua resistência”, destaca o Hamas.
O grupo islâmico recorda os “crimes da ocupação” e os “massacres cometidos, dia e noite, em Gaza“, pelos israelitas e refere que as comunidades atacadas foram “alvos legítimos”.
Além disso, assegura que os elementos das Brigadas “procuraram evitar os civis”, algo que pode ser “testemunhado por muitos vídeos” dos ataques, com “muitos colonos [israelitas] a falaram à comunicação social sobre isto através de testemunhos”.
Já morreram centenas de crianças de ambos os lados
Centenas de crianças israelitas e palestinianas já morreram no âmbito deste conflito.
As autoridades palestinianas anunciaram 900 mortes em Gaza, incluindo 260 crianças. Em Israel, não foram anunciados números concretos quanto a crianças mortas.
Entretanto, como resposta aos ataques sem precedentes do Hamas, Israel cercou Gaza, cortando a electricidade e bloqueando o fornecimento de água e de comida a uma região onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas – 40% das quais têm menos de 15 anos.
O porta-voz da UNICEF James Elder já manifestou que a organização está “extremamente alarmada” com estas medidas.
Em conferência de imprensa, Elder frisou que as medidas de Israel vão acrescentar “outra camada de sofrimento à catástrofe já existente enfrentada pelas famílias em Gaza”.
“Privar as crianças do acesso a alimentos e serviços essenciais coloca as suas vidas em risco, tal como os ataques a áreas civis e infra-estruturas”, acusa o porta-voz da UNICEF.
Cerca de 80% da população da Faixa de Gaza sobrevive com ajuda humanitária.
O bloqueio israelita ao território dura há 16 anos, com limitações em termos de importações e de exportações da região. Isso afectou decisivamente a economia da Faixa de Gaza e mais de 60% da população vive abaixo do limiar de pobreza, de acordo com relatórios da ONU.
A taxa de desemprego é superior a 40%.
Deve ser mentira deve, podemos mesmo confiar no Hamas.
Nunca devemos esquecer o poder da propaganda e lembrar o que aconteceu na Roménia quando a queda de Ceaușescu.
Apareceram um monte de cadáveres pelas ruas resultado das ultimas movimentações dum regime que caia mas matava no seu fim. Depois veio a verdade. Foram um par de bons informadores que decidiram sacar corpos da medicina legal para criar um relato e ganhar importância os seus nomes.
Mas claro estas coisas ninguém as lembra vale mais a propaganda.
Israel colheu o que tem semeado estes anos todos. Os EUA e os seus vassalos europeus são cúmplices.
mais um iluminado que gostava de saber falar alemão…..
@Miguel, escreve com a maior ligeireza do assassinato, com requintes de sádismo e milhares de civis inocentes. Só pode ser um esquerdista radical.
Deve ser verdade deve, podemos mesmo acreditar no governo e exército israelita.
Então Portugal ainda há de poder esperar algo similar, em resposta às atrocidades cometidas na ‘Guerra Colonial’
1- Contente está o Putin por se ter livrado da constante pressão internacional. Tendo sido ele a mandar o Hamas fazer isto ou tendo sido feito pelo Hamas directamente, o facto é que para ele resultou.
2- É realmente incrível como é que as minorias conseguem sempre arranjar seguidores incondicionais. São os LGBT; são os vegan; são dos das caricas e aviões de papel… E, pelos vistos, os mais incríveis e extraordinários, os que conseguem encontrar nas permanentes teorias da conspiração universal dos EUA uma razão obvia, lógica e por mais incrível que pareça também sustentada para naturalmente se terem matado bebés e crianças e decapitando algumas pelo meio… Aqueles bebés são certamente do mais criminoso que existe e quem os matou vai direitinho ao apaparicamento das virgens todas que encontrarem.
3- Tenho imensa pena que não possam ser trocados esses bebés e crianças mortos pelos defensores destes seres de bem. Uma vez que eles não vêm nenhum mal nesta forma de validar a sua posição, certamente não se importariam de se disponibilizar para abate em nome do povo palestiniano…
4- Continuo de facto admirado coma nossa assembleia, que reage explosivamente a qualquer comentário, seja de quem for, contra uma qualquer minoria que seja “linda”, mas permite que se mantenham na Assembleia da República representantes de partidos que não se chocam com estas atitudes como a do Hamas e da Russia, e ainda as aplaudem. Isto é que é a verdadeira liberdade de expressão. Se dissermos a maior idiotice “linda” e formos de esquerda somos bons e visionários. Se dizermos uma qualquer pequena e dolorosa verdade e não formos de esquerda (porque não é preciso ser de direita), somos o diabo e o melhor era arranjar alguém para nos arrancar logo a cabeça com um canivete mal afiado.
5- Como é que ainda se vota nesta coisas com pernas e sem cérebro de esquerda????
… a desinformação é uma das armas da guerra., nos dias actuais é mesmo uma das mais usadas (tomara que fosse a única), a descrição macabra foi testemunhada por militares israelitas (posteriormente transmitidas pelos jornalistas) portanto vale pelo que vale, mas mesmo não tendo existido o sadismo descrito, o massacre de inocentes é uma total realidade e existe de ambos os lados.
Acho que estás a ver isso ao contrário…
Toda esta guerra se teria evitado se os Árabes tivessem aceitado o acordo posposto pela ONU em
1947. Foram gulosos, recusaram esse acordo, e depois tentaram entrar em guerra com Israel várias vezes, incluindo a guerra dos 6 dias em 1967 na qual vários países árabes tentaram invadir Israel. Como sempre foi desde o início da humanidade, quem perde uma guerra perde território.
Israel fez o que tinha que fazer para proteger a sua própria existência. Convém não esquecer que o Hamas tem declarado no seu manifesto, preto no branco, que o seu objectivo número 1 é a completa e total destruição de Israel, e está escrito explicitamente que nenhuma solução pacífica ou de compromisso será aceite.
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Mataram bebés. Ponto final.
Se foi a tiro, à facada, com granada, com gaz de cozinha, ao murro, ao ponta-pé, não é relevante. O que é inadmissível é que tiraram a vida a bebés.
Sendo assim, só comprova que querem eliminar os judeus, o mesmo objectivo do Hitler, o nazista.