Ministério Público chegou a pedir pulseira eletrónica para Carrilho

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Manuel Maria Carrilho, professor universitário e ex-ministro da Cultura

Manuel Maria Carrilho, professor universitário e ex-ministro da Cultura

Em junho do ano passado, ao longo do processo que se seguiu ao divórcio de Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho, o Ministério Público (MP) chegou a pedir que o ex-ministro da Cultura passasse a usar pulseira eletrónica de forma a impedi-lo de se aproximar da apresentadora.

De acordo com o jornal i, com base em documentos do MP relativos ao processo, o pedido da procuradora Daniela D’Évora surgiu como agravamento das medidas de coação impostas a 18 de janeiro de 2014, quando Carrilho foi proibido pelo tribunal de contactar e de se aproximar da casa da ex-mulher, excepto por questões relacionadas com a guarda partilhada dos filhos. O ex-ministro só veio a ser acusado pelo Ministério Público de violência doméstica quatro meses depois.

No entanto, a 26 de junho, no seguimento de supostas invasões e agressões que o ex-ministro da Cultura terá cometido no apartamento onde vive a ex-mulher aquando da entrega das crianças, a procuradora do MP Daniela D’Évora propôs que Carrilho ficasse com pulseira eletrónica, de maneira a garantir a segurança da apresentadora.

“O arguido, a pretexto de cumprir o acordo relativo ao exercício das responsabilidades parentais relativo aos filhos menores comuns, tem forçado os encontros e os contactos pessoais com a assistente [Bárbara Guimarães], fazendo questão de os entregar à mãe à porta de casa e não aceitando que a empregada doméstica ou qualquer outro familiar os venha receber à porta”, lê-se no documento do MP, citado pelo i.

A procura Daniela D’Évora relatava ainda, no documento referido pelo jornal, que Carrilho aproveitaria a entrega das duas crianças à mãe para a “insultar” e “atemorizar, prometendo fazer-lhe mal na sua vida pessoal, pública e profissional”.

 

Se a proposta do MP fosse aceite, no caso de Carrilho se aproximar da ex-mulher, esta poderia ser alertada através de um pager, com base num sistema de geolocalização por satélite da pulseira. O alerta seria igualmente enviado para uma equipa da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que então alertaria a polícia.

O Tribunal de Instrução Criminal, contudo, rejeitou a aplicação desta medida, declarando em setembro que as medidas de coação a que o antigo ministro estava sujeito desde janeiro do ano passado eram suficientes para “afastar o perigo de continuação da actividade criminosa”, não havendo necessidade de serem alteradas.

ZAP

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