Tecnologia robótica inovadora estreia-se em Sintra. Não invasivo, sem cortes ou cicatrizes; o utente volta à vida normal no dia seguinte.
A ecoterapia é um aparelho médico robótico que, devido à sua componente inovadora de ultrassons, é mais preciso e seguro.
Não invasivo; sem incisões, sem cicatrizes; sem anestesia geral, utilização de bloco operatório ou internamento.
Pode ser feito em qualquer altura do ano (acaba a espera pelo Inverno) e, no dia seguinte, o utente volta à sua rotina normal. Também não é preciso interromper fármacos anticoagulantes.
Tem servido para tratamento de varizes tronculares em Espanha, França, Reino Unido, Itália ou Áustria.
Chega agora a Portugal, no Hospital CUF Sintra, onde a coordenadora Orlanda Castelbranco elogia a maior vantagem desta inovação: as ondas de ultrassom, que transmitem energia térmica por um disparo de grande precisão – um foco menor que um grão de arroz.
“As ondas de ultrassom ultrapassam a pele sem causar dano aos tecidos envolventes e, simultaneamente, atingem a parede posterior da veia o que permite a maior precisão do tratamento”, explicou Orlanda, coordenadora de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital CUF Sintra.
O especialista fica junto ao doente, numa consola; aí define o segmento da veia que vai ser alvo do disparo das ondas de ultrassom e, depois, posiciona o braço do robô em cima da veia – idêntico a um aparelho de ecografia.
“É através do braço robótico que são enviadas as ondas, que se vão concentrar na veia sob a forma de energia térmica, originando a retracção e selagem da mesma. O resultado é visível no ecrã, permitindo a avaliação imediata dos resultados. Após um segmento tratado, mobilizamos o braço do robô para realizar o tratamento aos próximos segmentos da veia a tratar”, continuou Orlanda Castelbranco, em nota enviada ao ZAP.
É um tratamento particularmente apropriado para quem quer, ou recuperação imediata, ou mais “limpa” a nível estético, ou para pessoas com contraindicação cirúrgica, ou que tenham risco cirúrgico elevado.
As varizes afectam mais de metade das mulheres com mais de 70 anos. Mais do que questões estéticas, podem originar dor, calor, inchaço e desconforto.