Apple Pippin, Round Mouse, iPod do U2… Estes produtos dizem-lhe alguma coisa? A história da Apple não tem só sucessos.
A Apple é uma empresa conhecida pelos seus produtos muito bem-sucedidos, principalmente com os iPhones, iPads, MacBooks, entre outros.
Contudo, a história da empresa também passa por muitos fracassos que ninguém se lembra, com alguns dispositivos que nunca fizeram sucesso com o público, e até mesmo com aqueles que nunca foram lançados sequer.
Apple Pippin
Talvez muitos não se recordem, mas a Apple já se arriscou no mercado de consolas com o Pippin.
O produto foi apresentado no ano 1995, mas viu o seu fim apenas um ano depois. Diante de uma forte concorrência vinda de produtos como Sega Saturn, PlayStation 1 e Nintendo 64, o Pippin nunca se consolidou na categoria. Além disso, a pouca diversidade de jogos disponíveis também pesou como um fator que impediu o aumento da sua popularidade.
O Apple Pippin teve apenas 100 mil unidades produzidas, e destas somente 42 mil foram vendidas.
Aparece frequentemente nas listas das piores consolas da história.
Round Mouse
O Magic Mouse não é unanimidade em termos de ergonomia, mas a Apple já teve ideias bem mais peculiares. É o caso do Apple USB Mouse de 1998, que também ficou conhecido como Round Mouse, ou Hockey Puck Mouse — pelo formato similar ao disco de hóquei.
O seu diferencial em relação aos seus concorrentes é exatamente o que o nome sugere: trata-se de um rato em formato circular, que trouxe apenas um botão na parte frontal. A estrutura foi considerada desajeitada e desconfortável, e por isso o periférico reformou-se no ano 2000.
Como o rato foi lançado na mesma época do icónico iMac G3, também trazia a mesma identidade visual com peças semi translúcidas, transparentes e coloridas. No total, foi oferecido em sete tons, que incluíram azul, verde, vermelho e amarelo, entre outros.
iPod do U2
O iPod com temática da banda irlandesa U2 foi mais uma tentativa de marketing do que um produto. O pequeno dispositivo trouxe a mesma construção e recursos do aparelho tradicional, mas trazia acabamento em vermelho na parte frontal, e a assinatura dos membros da banda na secção traseira.
O problema desta edição especial é que custava mais 50 dólares do que os outros modelos de iPod, o que é uma diferença alta considerando que o tradicional tinha um preço de 299 dólares. Por isso, não foi bem-sucedido entre o público geral, e saiu de linha após quatro gerações e três anos.
A relação entre a Apple e o U2 gerou até algumas polémicas extras, já que na época alguns modelos de iPod e iPhone vinham com músicas da banda pré-guardadas — algo que não agradou a uma parcela dos consumidores.
iPod Hi-Fi
Ainda no campo da música, o iPod HiFi foi uma tentativa da Apple de trazer um speaker mais robusto para ambientes, com integração direta ao iPod. Para isso, o dispositivo era encaixado na parte superior da caixa de som, ampliando o volume e potência do áudio.
A proposta tinha os seus méritos, mas esbarrou no alto preço de 349 dólares cobrados na época. A limitação dos controlos de reprodução foi considerado um ponto negativo, e o produto foi descontinuado em 2007, apenas um ano após a sua apresentação.
Apple Newton
O assistente pessoal digital (PDA) portátil com tela sensível ao toque tinha um nome de peso, já que Isaac Newton foi uma inspiração para a Apple desde a sua primeira identidade visual. Contudo, o Apple Newton ficou para a história como um produto que talvez tenha sido criado à frente do seu tempo.
Apresentado no ano 1993, o produto contava com um pacote de recursos bastante avançado para a época, incluindo o reconhecimento de escrita à mão. A ideia era fazer com que ele funcionasse em tarefas de produtividade como o envio de mensagens, realização de anotações, gestão de calendários e edição de documentos.
Contudo, problemas técnicos relacionados com o próprio reconhecimento de escrita fizeram com que não obtivesse tanto sucesso quanto esperado. Além disso, a falta de opções de conectividade mais práticas limitava grande parte das funcionalidades do Newton, que foi retirado de linha em 1998.
AirPower
Uma lista de fracassos da Apple não pode ser feita sem uma menção ao AirPower. Afinal, ao contrário de todos os outros produtos pertencentes a esta lista, o carregador sem fio sequer teve as suas vendas iniciadas pela Maçã.
O produto foi anunciado num evento oficial durante o ano de 2017, quando protótipos chegaram a ser distribuídos para as pessoas presentes. Pouco mais de um ano depois, toda e qualquer menção ao AirPower foi apagada do site da Apple, sem qualquer explicação formal.
Posteriormente, foi descoberto que o motivo do cancelamento era técnico. A ideia da Apple era fazer uma base que não exigisse um posicionamento perfeito dos produtos para iniciar a recarga, mas isso exigia um sistema de bobinas sobrepostas — algo que causava problemas de superaquecimento não solucionáveis.
Anos depois, a Apple consolidou as suas tecnologias de recargas sem fio com o MagSafe, mesmo que a proposta tenha aspectos bem diferentes. De qualquer forma, a sombra do AirPower continuou a mostrar como mesmo as marcas mais renomadas podem ter grandes fracassos.
Menção extra: iTunes Ping
Neste caso não se trata de um produto, e sim de um serviço que a Apple tentou implementar no ano 2010. Num período de rápida expansão das redes sociais, a marca procurou criar uma alternativa para quem gostaria de compartilhar as músicas que estava a ouvir.
O projeto não vingou por causa de alguns fatores, que incluem a falta de integração com redes sociais mais famosas e utilizadas. O iTunes Ping foi descontinuado apenas dois anos após a sua apresentação, em 2012.
// CanalTech
A Apple não passa de um embuste que vive do facto de geralmente se atribuir mais qualidade ao que custa mais dinheiro. Na verdade a Apple é uma porcaria, posso dizer isso por experiência própria. Tenho um ipad e um computador m2, os dois foram postos de lado. Desilusão completa.