Medina revela o que Portugal pediu à União Europeia

2

Lavandeira Jr / EPA

Christine Lagarde com Fernando Medina

Portugal vai crescer “significativamente” acima da zona euro, assegurou o ministro das Finanças na reunião do ECOFIN.

Os ministros das Finanças da União Europeia estão reunidos em Santiago de Compostela, Espanha.

O encontro começou nesta sexta-feira. A reunião é do ECOFIN, o conselho europeu que trata de assuntos económicos e financeiros na União Europeia, nomeadamente política económica, fiscalidade e regulamentação dos serviços financeiros.

Fernando Medina é um dos governantes presentes e comentou neste sábado que o que está a ser feito em Portugal, para tentar contrariar os efeitos da subida das taxas de juro, estão “em convergência” com a Europa.

“Estamos num período de dureza para as famílias, com o prolongamento das taxas de juro elevadas durante um período significativo”, comentou o ministro das Finanças em conversa com jornalistas portugueses.

Medina confirmou que, na reunião, previu-se abrandamento do crescimento económico na Europa, já em 2023 e em 2024.

Fernando Medina apresentou aos seus colegas europeus os “resultados muito bons” da economia portuguesa, além dos resultados de finanças públicas e “a força do nosso mercado de trabalho, no emprego e no crescimento dos salários”.

Portugal, que tem tentado “reduzir a dívida pública” nos últimos dois anos, considera que há alturas em que as regras europeias se devem focar na redução dos défices e das dívidas.

“Mas, noutras fases, quando é necessário, as regras devem permitir que o Estado apoie a economia, as famílias”, continuou.

Fernando Medina espera que os países da União Europeia cheguem a um acordo até ao fim deste ano.

Portugal vai pedir que as regras “assegurem a estabilidade financeira, a redução dos défices e das dívidas quando estão acima do valor de referência – mas que isso aconteça quando há crescimento sólido para sustentar essa redução”.

“Em períodos de crescimento muito baixo, ou mesmo recessivos, que não se imponham aos países obrigações de reduções de défice, que seriam totalmente contrárias ao apoio ao emprego, ao apoio à economia”, explicou o ministro português.

Medina antevê uma negociação “muito complexa”, já que a situação dos países da União Europeia diverge muito.

“Os detalhem contam tudo, há muito trabalho a fazer”, avisou.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.