Prevista já para este ano letivo, a introdução dos manuais escolares digitais vai limitar-se mais uma vez ao projeto-piloto. Garantido está o fim da reutilização dos manuais do primeiro ciclo, dada a taxa de adesão “baixíssima”.
A introdução dos manuais escolares digitais, prevista no programa do Governo já para este ano letivo, não vai avançar.
A confirmação vem do ministro da Educação, que confirma em entrevista à Visão que apenas se mantém o projeto-piloto, que abrange um total de 21 mil alunos. “É importante não haver precipitações”, avisa.
“Estamos a ir com muitas cautelas nessa medida”, disse João Costa, reforçando estar atento à investigação que tem vindo a ser conduzida sobre o assunto e às experiências realizadas noutros países europeus.
“Estamos a continuar o piloto para perceber exatamente várias dimensões que podem ser críticas e uma delas é, por exemplo, o primeiro ciclo“, afirma.
Apesar do travão à introdução dos manuais digitais, que fica assim sem data concreta de arranque, o governante garante ainda que a reutilização dos manuais escolares do primeiro ciclo — aquele que segundo o ministro levanta mais preocupações relativamente à introdução dos manuais digitais — vai terminar já no ano letivo de 2024/2025, uma vez que as taxas de reutilização são “baixíssimas”.
“Avaliámos as taxas de reutilização desses manuais e vimos que não valia a pena, que esses anos tinham taxas de reutilização baixíssimas. Portanto, no próximo ano letivo, já não será preciso entregar estes manuais”, anuncia João Costa.
De acordo com o programa do Governo, o objetivo é usar as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para dotar as escolas de instrumentos e meios de modernização tecnológica e promover a generalização das competências digitais de alunos e professores.