Assédio sexual. CES desmente Boaventura que acusou investigadora de “vingança” por expulsão

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Milton Martínez / Secretaría de Cultura de la Ciudad de México

Boaventura de Sousa Santos

O sociólogo Boaventura de Sousa Santos alegou que a investigadora belga que o acusou de assédio sexual agiu por “vingança” por ter sido expulsa do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. Mas o CES nega a expulsão.

Após ter sido acusado de assédio sexual no capítulo 12º do livro “Sexual Misconduct in Academia, The walls spoke when nobody would” [“Má Conduta Sexual na Academia, As paredes falaram quando ninguém se atrevia”], Boaventura de Sousa Santos foi afastado da liderança do CES.

Em Abril passado, o sociólogo defendeu-se das acusações alegando que a investigadora belga que é a principal autora do artigo, Lieselotte Viaene, agiu por “vingança institucional e pessoal”, referindo um comportamento “insolente e incorrecto” que teria originado “um processo disciplinar” no CES e a sua posterior expulsão.

Boaventura de Sousa Santos reforçou essa ideia numa entrevista divulgada no YouTube a 11 de Julho passado, onde nota que o CES abriu “um processo disciplinar contra essa mulher por má conduta” e que ela “prometeu vingança”.

Além disso, o sociólogo argumentou que uma das outras autoras do texto que é assinado também pela portuguesa Catarina Laranjeiro e pela norte-americana Myie Nadia Rom, terá dito que “o capítulo não era para ser contra o Professor Sousa Santos”, mas que “a investigadora belga que fez a versão final” o quis “culpar de tudo, porque se queria vingar” pela expulsão.

O CES nega, agora, essa versão, conforme avança o Diário de Notícias (DN). O Centro reconhece que foi aberto um processo disciplinar a Viaene em Junho de 2018, mas nota que este “não foi concluído” porque o contrato de trabalho da investigadora atingiu o seu termo entretanto.

“Não foi aplicada qualquer sanção disciplinar”, vinca o CES citado pelo DN, salientando que “não houve apuramento final sobre a veracidade ou não de nenhuma da factualidade imputada à Investigadora, nem das suas eventuais responsabilidades”.

O CES recusa conceder acesso ao processo disciplinar instaurado à investigadora belga e continua por saber qual foi o motivo da sua abertura.

A entidade admite, contudo, que a Comissão Independente nomeada para analisar as denúncias de assédio sexual “poderá considerar a matéria apresentada no âmbito do referido processo disciplinar na análise a desenvolver”, cita o DN.

Por isso mesmo, o CES alega também que a “partilha e discussão pública” do processo poderia “afetar” os trabalhos da Comissão.

Além disso, “a informação solicitada contém imputações de factos à Doutora Lieselotte Viaene que não chegaram a ser efectivamente apurados por não ter sido concluído o processo disciplinar, constituindo assim mera suspeita, pelo que não se considera justificada a sua divulgação”, conclui.

Espera-se que as conclusões da Comissão Independente sejam divulgadas até ao final de 2023.

ZAP //

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3 Comments

  1. O prof. com pés de barro. Boaventura já perdeu, perdeu prestígio, perdeu credibilidade, perdeu autoridade e perdeu sensatez, era melhor estar calado. Com mais de setenta anos assediava uma aluna de 21? Não se enxerga?

  2. “Está todo roto… ” Este Xico, carregado de brejeirice, resumiu tudo. E que tal o Malventura elaborar uma qualquer senilidade intelectual l, paga por todos nós, para sustentar esta tese, segundo a qual…não passa de um roto.

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