Há uma luz inexplicavelmente brilhante vinda do Sol

Astrónomos observaram uma forma intensamente brilhante de raios gama provenientes do Sol. Estes raios gama têm um nível de energia sem precedentes, ultrapassando tudo o que foi detetado anteriormente.

Surpreendentemente, a abundância destes raios gama de alta energia desafia os atuais modelos teóricos do comportamento solar, representando um quebra-cabeças que deixou os investigadores à procura de respostas.

Os raios gama, um tipo de radiação eletromagnética, estão frequentemente associados aos raios cósmicos – partículas carregadas que atravessam o Espaço a velocidades estonteantes. Quando os raios cósmicos colidem com o Sol, os seus campos magnéticos podem redirecioná-los para a Terra. No entanto, esta interação leva a novas colisões com partículas na atmosfera do Sol, culminando na criação de raios gama.

Embora os cientistas saibam há cerca de uma década que o Sol emite raios gama que excedem os níveis de energia esperados, a recente descoberta do observatório High-Altitude Water Cherenkov (HAWC), no México, revelou resultados ainda mais surpreendentes.

De acordo com a New Scientist, os investigadores, liderados por Mehr Un Nisa da Universidade Estatal de Michigan, descobriram raios gama na banda dos teraeletrão-volt (TeV) – equivalente à energia das partículas aceleradas no Grande Colisor de Hadrões.

“Isto é completamente sem precedentes – as pessoas não pensavam que o Sol fosse tão brilhante em raios gama TeV”, diz Nisa. “Esta luz é um trilião de vezes mais energética do que a luz de uma lâmpada normal”.

Os resultados do novo estudo foram publicados na revista Physical Review Letters. Embora os investigadores tenham observado indícios de que os raios cósmicos de alta energia foram desviados durante o pico do ciclo de atividade magnética de 11 anos do Sol, a presença destes raios gama implica que certos raios cósmicos de alta energia estão de facto a chegar ao Sol.

“Tendo em conta o que sabemos sobre a atmosfera do Sol, a sua densidade, como são os campos magnéticos, os números não batem certo para obter esta quantidade de radiação de alta energia”, explica Nisa.

ZAP //

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