Empresário bracarense confessou grande parte das acusações do MP e identificou vários beneficiários de pagamentos indevidos — Armando Pereira e o CEO da Altice, Alexandre Fonseca são dois deles.
Ouvido durante três dias pelo juiz de instrução Carlos Alexandre, o empresário Hernâni Vaz Antunes seguiu os passos do economista e também arguido Álvaro Gil Loureiro e confessou a maioria dos factos com que foi confrontado, tendo também identificado uma boa parte dos beneficiários de pagamentos indevidos que realizou.
Antunes confirmou ser o beneficiário final de várias empresas, justificando a ocultação da sua participação com o alegado desejo de discrição e com a intenção de evitar inimizades, avança o Público.
O cofundador da Altice, Armando Pereira, o ex-CEO da Altice Estados Unidos, Akim Boubazine, o director de compras da Altice Estados Unidos e genro de Armando Pereira, Yossi Benchetrit e Alexandre Fonseca, ex-presidente executivo da Altice Portugal, estão entre os identificados.
Segundo as investigações, Fonseca terá recebido 380 mil euros em 2018 e 110 mil em 2017 por sociedades nos Emirados Árabes Unidos, através de faturas falsas, num esquema entre Hernâni Vaz Antunes e Armando Pereira.
O CEO também terá saído a ganhar na compra de uma propriedade, avaliada em um milhão de euros, pela qual pagou apenas 200 mil. Segundo o MP, estas irregularidades foram facilitadas por Pereira, ex-patrão de Fonseca na Oni.
Sobre o genro de Armando Pereira, Vaz Antunes acusa-o de receber dezenas de milhões de euros em pagamentos indevidos, relacionados com a atribuição de negócios à Altice. David Benchetrit, pai de Yossi, também terá sido beneficiário de fundos ilegais através de empresas nos EUA.
Armando Pereira nega amizades
Surpreendentemente, de acordo com o Observador, Armando Pereira negou ter uma relação próxima com Vaz Antunes, apesar das evidências de benefícios mútuos e indícios de que o ajudou a ascender dentro da Altice.
Pereira também negou qualquer relação próxima com o seu genro, Yossi Benchetrit, apesar das escutas revelarem encontros frequentes e possíveis envolvimentos em transações duvidosas aos olhos do MP.
As ações de Pereira e a sua influência na Altice promoveu a absorção de benefícios como imóveis e cartões de crédito em troca de favores dentro do grupo.
Apesar do pedido do Ministério Público para que fosse imposta uma caução de 10 milhões de euros, Pereira está em prisão domiciliária, sem permissão para contactar terceiros. A investigação continua e a lista de arguidos ainda deve aumentar.
Muito se roubou nesta empresa ao longo dos tempos.
Mas não é só nesta empresa , Tristeza do Carvalho!!!!!
Veja : EDP , EFACEC , BES e C. LDA ,BPN , TAP, CTT ,etc etc.
Tudo a roubar o pequeno contribuinte ,que somos NÓS.!!
Isto são migalhas do resto do bolo que tem saido para os ditos paraisos fiscais.
Assim não vamos a lado nenhum.
Desde sempre ouvi contar que quando o barco começava a meter água os primeiros a saltarem borda fora eram os ratos.