O Kremlin estudou bem esta fase e os ganhos ucranianos são limitados. Há zonas onde a contra-ofensiva parou.
A contra-ofensiva da Ucrânia começou há algumas semanas, mas não está a correr como o Governo de Kiev queria.
O exército ucraniano reclama algumas vitórias, em algumas localidades – mas tem sido curto.
Entre os últimos dias de Junho e os primeiros dias de Julho, as Forças Armadas da Ucrânia avançaram 37 quilómetros.
Os russos prepararam-se para este momento, há muitas minas pelo caminho, a Rússia volta a utilizar mais os meios aéreos – meios que faltam à Ucrânia, em comparação com o adversário.
Por isso, ou também por isso, a estratégia da Ucrânia mudou.
O relatório mais recente do Instituto para o Estudo da Guerra sublinha que a Ucrânia está a tentar perder menos meios e menos homens no terreno, mesmo que isso signifique maior demora na recuperação de territórios.
O relatório cita um artigo do The New York Times, que reforça a mudança de estratégia da Ucrânia.
A táctica passa agora por desgastar a Rússia (militares e equipamento) através de artilharia e mísseis de longo alcance, em vez de ataques em larga escala e de ataques em campos minados pela Rússia.
Mais ataques à distância, menos confrontos directos.
O fogo indirecto ucraniano pode imobilizar as forças russas e minimizar as baixas ucranianas.
É um ataque mais lento, mais sistemático.
O próprio relatório do Instituto para o Estudo da Guerra indica que, neste sábado, houve manobras de contra-ofensiva em pelo menos três sectores da frente de batalha, mas os ucranianos conseguiram apenas “ganhos limitados”.
As perdas têm descido nos últimos dias: 20% das armas ucranianas destruídas ao longo das duas primeiras semanas, 10% nas semanas seguintes.
Mas há outro motivo para isso: a própria contra-ofensiva tem sido mais discreta. Aliás, até parou em alguns locais.
Há um entrave grande para a Ucrânia, já mencionado neste artigo: a Rússia preparou-se. A defesa russa está a ser um problema para os ucranianos.
O Kremlin terá estudado a sua reacção durante meses. Há imensas minas, armadilhas para os tanques, militares escondidos, drones, cada vez mais helicópteros para atacar e até trincheiras como as da II Guerra Mundial.
Com todo este cenário, estima-se que a Ucrânia só tenha avançado 8% do que espera avançar na contra-ofensiva no Sul.
O que tenho visto noutras notícias não é que a Ucrânia tenha avançado 37 km, mas que reconquistou 37km2…
A Ucrânia tem que procurar uma solução baseada na negociação com a Rússia para parar a guerra e com o tempo, procuraria recuperar a território através de esforços diplomático, isso é possível.
Historicamente nao se ode confiar nos russos
Ha demasiados Putins
E indispensavel recuperar a totalidade do territorio ocupado pela Russia. Na minha optica sera inevitavel a intervensao de tropas ocidentais no conflito por forma a terminar de vez com a tirania russa que data dos cxars e permitir que os estados escolham livremente o seu futuro como no caso da Georgia.
Luis Gale
Pois… Assim como Portugal recuperou Olivença!
Eu acho que a Ucrânia nunca mais irá ter o terreno que perdeu. E qual é o mal disso? Diria que o querer recuperar o que era seu é mais que justo. No outro lado da balança estava o renascimento de um pais destruído, que a Nato e a C.om Europeia deveria receber de imediato e desse modo trancava as ideias do Sr Putin. O Mundo está demasiado exposto a decisoes de pessoas que nao merecem viver neste planeta. Isso nunca deveria ser possivel. Mas é.
A Ucrânia e o Ocidente têm tempo. Putin, não.
É isso mesmo. Aguentaremo-nos entrincheirados enquanto os nossos irmãos Ucranianos lutam pelas democracias e pela liberdade.