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Uma bactéria está a comer o Titanic. Conheça a nova pele do navio

OceanGate Expeditions | Twitter

Uma bactéria está a comer o Titanic. Chama-se Halomonas titanicae e é a nova “pele” do navio.

De acordo com o El Confidencial, Alan Estrada, o “youtuber” que viajou no Titan em 2022, contou num dos seus vídeos o que são as formações de ferrugem na estrutura do Titanic e o que as provoca.

O youtuber é umas das poucas pessoas que viveu a experiência de fazer a expedição ao Titanic a bordo do submersível OceanGate — o mesmo que sofreu um acidente este mês, no qual morreram todos os passageiros.

“As formações, que parecem ferrugem, e que agora formam a nova pele do Titanic, são na verdade uma bactéria descoberta em 2010 e denominada Halomonas titanicae, que se alimenta de ferro e consome gradualmente o navio”, explicou enquanto se viam imagens da viagem que fez em 2022.

Os destroços do Titanic estão a quase 4.000 metros do fundo do mar, nas águas escuras e salgadas do Atlântico Norte.

Os cientistas, que investigaram o casco danificado e corroído do navio, observaram uma espécie de “pingentes de ferrugem” e conseguiram descobrir uma nova espécie de bactérias nestas formações.

A Halomonas titanicae está envolvida no processo de ferrugem e acelera a decomposição dos destroços do Titanic. Esta corrosão dos materiais ocorre a um ritmo bastante rápido e os especialistas sugeriram que os destroços podem desaparecer completamente até 2030.

Por sua vez, Estrada disse que “embora a deterioração seja significativa, o Titanic ainda estará cá durante muito tempo“.

Até agora, os cientistas conseguiram compreender como é que as bactérias Halomonas se desenvolvem num ambiente potencialmente hostil, como o local do Titanic afundado.

Segundo a Science in School, “o seu papel na formação da ferrugem não é claro, o que é muito preocupante, uma vez que estas bactérias representam uma séria ameaça para as plataformas petrolíferas e outras estruturas de ferro em águas profundas”.

Em todo o caso, os investigadores acreditam que há boas notícias, uma vez que estas bactérias “comedoras” de ferro podem desempenhar um papel importante na gestão futura de detritos metálicos, acelerando o seu processo de decomposição no fundo do oceano.

Teresa Campos, ZAP //

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