Autarquias contestam Parque Eólico de Matosinhos – que vai desvalorizar casas em 13% – e exigem redução de impostos.
Está prevista a construção de um parque eólico marítimo, a 3,4 km da costa, na zona entre Matosinhos e Espinho.
Esta é uma das cinco áreas de Portugal onde vão ser construídos parques eólicos, à qual se juntam Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.
Em Matosinhos, vão ser instalados dois: o Parque Eólico de Leixões – a 30 km da costa – e o Parque Eólico de Matosinhos – a 3,4 km da marginal, a distância mais curta dos parques de eólicos que o Governo pretende erguer.
A construção do Parque Eólico de Matosinhos está, por isso, a gerar uma grande onda de contestação por parte das câmaras de Matosinhos e do Porto, que exigem que a distância seja alargada.
“Trata-se de uma adulteração da arquitetura paisagística natural de Matosinhos que poderá, além disso, afetar os fluxos turísticos e consequentemente a economia local“, considera a Câmara de Matosinhos, num parecer emitido durante a fase da consulta pública do projeto, citada pelo Jornal de Notícias.
Segundo um estudo da London School of Economics, a instalação de um parque eólico a uma distância tão curta da marginal poderá provocar uma desvalorização de 13% dos imóveis situados num raio de 2 km e de 3% nos que se situarem num raio de 4 km.
Além disso, poderão ser afetadas áreas como a pesca, restauração, desporto, turismo e até a qualidade de vida dos moradores, devido ao ruído.
Sob um ponto de vista estético, o parque também poderá trazer constrangimentos. Conta o JN que a autarquia diz que “o impacto visual do projeto é ainda propenso a desvalorizar as propriedades“.
“O impacto sonoro a todos os níveis, incluindo na vida dos moradores, assim como nas espécies aviárias e marinhas” também é um ponto bastante negativo, considera a autarquia.
Conta o matutino que a Câmara de Matosinhos prevê um impacto económico-financeiro bastante negativo, uma vez que “a instalação das turbinas pode levar à destruição de habitats de pesca“.
Acresce que, “devido ao fluxo de pequenas embarcações, a distância do parque eólico da linha da costa não é suficiente para salvaguardar o princípio da segurança de pessoas e bens“, lê-se no comunicado, onde a autarquia exige a realização de estudos de impacto ambiental, visual e sonoro.
Pelos motivos enumerados as autarquias de Matosinhos e do Porto exigem uma redução de impostos, como forma de compensação.
“Determine-se um montante indemnizatório, na modalidade de taxa, para a compensação do município, pelos investimentos públicos realizados, e pela redução da receita decorrente da perda de competitividade de setores muito relevantes para a economia local”, diz a Câmara de Matosinhos.
Talvez preferissem a refinaria
Sobre a “desvalorização” dos imóveis, é um não assunto, a questão aqui é que a “energia” eólica é prejudicial à Natureza, Ser-Humano, e Meio-Ambiente, é ineficaz, com custos elevadíssimos, extremamente poluente, e depende dos combustíveis fósseis.