Mergulhadores estão prestes a recuperar um navio naufragado, que foi encontrado no largo da Croácia, com 3000 anos.
Há cerca de três milénios, um navio cosido à mão afundou-se ao largo da atual Croácia, no mar Mediterrâneo.
3000 anos depois, um grupo de mergulhadores quer retirá-lo das profundezas do mar, na esperança de aprender mais sobre as técnicas históricas de construção naval.
Apelidado de “barco Zambratija“, devido à sua localização na Baía de Zambratija, este navio de quase 12 metros de comprimento começou a ser estudado por arqueólogos marinhos que ouviram relatos de pescadores locais em 2008.
Segundo a Smithsonian Magazine, os investigadores ficaram surpreendidos ao saber que a embarcação naufragada datava entre os séculos XII e X a.C, o que faz dela o mais antigo barco inteiramente cosido à mão no Mediterrâneo.
Sabe-se que os trabalhadores construíram a embarcação meticulosamente, utilizando fibras flexíveis para coser pedaços de madeira.
Embora esta técnica fosse popular em todo o mundo — tanto antes, como depois da introdução de componentes metálicos —, os investigadores dizem que o barco Zambratija é único, porque é um raro exemplo sobrevivente da “antiga tradição naval” das regiões da Ístria e da Dalmácia.
O processo de remoção do navio, no qual os mergulhadores deslocarão cuidadosamente as peças do barco e colocarão numa estrutura de suporte feita à medida, está previsto para o próximo dia 2 de julho.
Já em terra, a equipa vai reconstrui-lo e vai começar a estudá-lo de perto.
Numa primeira fase, a equipa de investigadores vai tentar datar com maior exatidão a embarcação, determinar os seus materiais e aprender mais sobre as técnicas utilizadas para moldar a sua madeira.
Depois, será enviado para a Croácia para ser realizada a remoção do sal.
Em 2024, a embarcação estará a caminho de Grenoble, em França, onde os especialistas poderão iniciar o trabalho de restauro.
“O manuseamento de artefactos deste calibre é uma questão delicada, cada fase do processo requer as maiores precauções para preservar este navio excecional”.
Os investigadores esperam vir a expor a embarcação num Museu de História Marítima em Pula, na Croácia, refere Aristos Georgiou, da Newsweek.
“A sua arquitetura e a sua construção, a técnica de montagem das cintas, bem como o sistema de impermeabilização do casco, não têm equivalente na zona mediterrânica”.
De referir que os arqueólogos marinhos raramente removem naufrágios — especialmente os de grandes dimensões — devido ao custo e aos desafios logísticos envolvidos.
Em muitos dos casos, estes locais subquáticos servem também como locais de de descanso final dos passageiros e membros da tripulação que perderam a vida no naufrágio. Por esse motivo, os conservacionistas deixam frequentemente as embarcações no local por respeito.
Alguns Estados também têm leis que proíbem a remoção de artefactos subaquáticos.
No caso dos naufrágios mais recentes, os investigadores têm de ter em conta os desejos dos membros que sobreviveram.
“começou a ser estudado a 39 pés de comprimento”! Isto quer dizer o quê?!…
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.