O famoso teste do QI tem um historial repleto de ciência questionável, elitismo e até eugenia, mas continua a ser utilizado em alguns dos mais altos escalões da saúde e da investigação.
Ter um quociente de inteligência, ou QI, elevado é talvez a única coisa que o pode fazer parecer incrivelmente inteligente ou incrivelmente burro ao mesmo tempo, dependendo da pessoa com quem está a falar.
O QI é um teste que combina uma série de testes psicométricos diferentes para formar uma única métrica da inteligência humana.
De acordo com o IFLScience, os psicólogos franceses Alfred Binet e Théodore Simon foram dos primeiros a conceber um teste definitivo — chamado teste Binet-Simon.
O teste foi concebido como um método para encontrar crianças que precisavam de ajuda extra, enviando-os para centros de educação especial, em vez de rotulá-las como “lentas”.
O Binet-Simon baseia-se na ideia de que o raciocínio verbal, as capacidades visuais e espaciais e a memória de trabalho são elementos de uma ideia mais ampla de inteligência geral, que pode ser medida testando cada uma das componentes anteriores.
As perguntas eram ajustadas em função da idade e a pontuação era depois dividida pela idade da criança e multiplicada por 100 – este era o seu QI.
As intenções eram boas quando o teste foi concebido, dado que era uma forma de ajudar aqueles que precisavam através da quantificação de algo que é essencialmente não quantificável.
No entanto, como Binet chegou a admitir na altura, a noção de uma inteligência geral mensurável é imperfeita. Em última análise, os seus testes estavam condenados a ser mal utilizados — que foi exatamente o que aconteceu.
O QI é uma boa medida da inteligência?
Testes mais recentes sobre se o QI tem alguma relevância clínica não o favoreceram.
Uma meta-análise concluiu que as correlações entre o desempenho profissional e o QI são, na melhor das hipóteses, frágeis e, na pior, repletas de erros estatísticos.
Foram encontradas correlações fracas entre o QI e o sucesso escolar, mas isso pode dever-se ao facto dos testes de QI terem a mesma linguagem cognitiva que os trabalhos escolares, pelo que uma criança com bom desempenho em tarefas académicas pode sentir-se “em casa” com testes cognitivos como o QI.
Tudo isto para dizer que, como medida da inteligência geral, o QI não é válido. No entanto, não é totalmente inútil.
Os testes de QI são uma indicação do desempenho num tipo específico de tarefa cognitiva, que pode ser útil no meio académico, nas carreiras e na vida em geral.
Um bom desempenho pode ser um bom presságio para o seu futuro, mas os resultados de QI devem ser interpretados com cuidado.
A inteligência humana não tem uma definição única – um cientista dotado pode não ter sucesso em áreas criativas, e vice-versa, mas dizer que um é mais inteligente do que o outro é redutor.
Atualmente, os testes de QI são utilizados na investigação como uma medida de um subconjunto da inteligência, combinando-se para obter uma imagem global do grau de inteligência de uma pessoa, mas mesmo isso depende de diferenças culturais, por exemplo.
Utilizá-la como uma métrica para comparar diferentes grupos de pessoas é, muitas vezes, uma ciência pobre e tais investigações são quase impossíveis, tendo em conta a verdadeira variedade dos seres humanos.
Acerca do QI Elevado há uma Série Americana, de Comédia Deliciosa Intitulada “A teoria do Big Bang”, em que o Personagem Principal um Físico Texano, Chamado Sheldon Cooper ´tem um QI, De Genialidade. Mas Ele Padeçe do Síndrome de Asperger, o que o Leva, Inadvertidamente, a Coméntários, Ofensivos , Jocosos e Arrogantes. A sua Interacção Social exceptuando o grupo de Amigos, que quase Enlouqueçem com os, seus Comentários, é nula. E como dizia António Carlos Jobim um Gênio, e excepcionalmente, um Homem muito Bondoso- “A Inteligência é a menor das Virtudes Humanas.” Isto não significa fazer a Apologia da estupidez!