“É hora de acabar com a ditadura do Kremlin. A Rússia será livre!” – a Legião da Liberdade atacou Belgorod e diz que já “libertou” uma aldeia.
Hoje começou uma guerra civil na Rússia? A expressão arrojada surge no portal TSN e retrata o que está a acontecer em Belgorod.
O facto: um grupo russo atacou uma zona da Rússia.
O grupo chama-se Legião da Liberdade da Rússia e relata que nesta segunda-feira atacou Belgorod, uma região a 40 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
É uma organização anti-Kremlin, como se pode ver no seu comunicado: “Somos os mesmos russos que vocês. Apenas nos diferenciamos pelo facto de não querermos justificar as acções dos criminosos no poder e pegar em armas para defender a nossa liberdade”
“É hora de todos assumirem a responsabilidade pelo futuro. É hora de acabar com a ditadura do Kremlin“, lê -se.
A Legião Liberdade da Rússia indica que avançou no terreno com a ajuda do corpo de voluntários russos.
E mais tarde anunciou que “libertou” a primeira aldeia – Kozinka.
“Libertámos completamente a aldeia Kozynka, região de Belgorod. Unidades avançadas entraram em Graivoron. Estamos a seguir em frente. A Rússia será livre! Pela Rússia! Pela liberdade!”, evocou o grupo após as 15 horas locais.
As autoridades locais começaram por negar qualquer problema no terreno, alegando que este é apenas um ataque de “piratas” na internet.
Mas o governador de Belgorod confirmou o ataque, dizendo que os culpados são os ucranianos.
Segundo o governador Vyacheslav Gladkov, este grupo é de “sabotagem e reconhecimento das forças armadas da Ucrânia”. E, continuou, a Defesa russa já está “a tomar as medidas necessárias para eliminar o inimigo”.
As autoridades locais aplicaram entretanto um “regime de operação anti-terrorista” e o Kremlin já abriu uma investigação oficial para descobrir a identidade dos envolvidos.
Há três feridos graves, acrescentou ainda Vyacheslav Gladkov. Entretanto, o órgão público iraniano Press TV avança que uma mulher morreu e que oito civis ficaram feridos.
O Kremlin “não entrou em pânico”.
O porta-voz Dmitry Peskov já comentou o caso com o presidente Vladimir Putin e garantiu que as forças russas estão a “expulsar os sabotadores”.
“O exército de ocupação da Federação Russa tem forças suficientes para tirar voluntários russos do território da Rússia”, continuou Peskov.
Além disso, o objectivo desta operação, de acordo com o Kremlin, é “desviar atenções do facto de que a Ucrânia perdeu Bakhmut”.
A Ucrânia está a observar estes acontecimentos “com interesse” mas “não tem nada a ver com isso“, reagiu Mikhaylo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelenskyy.
“A única força política motriz num país totalitário de malucos acaba sempre, inevitavelmente, por se tornar um movimento partidário com armas nas mãos. Como sabem, os tanques são vendidos em qualquer lado para qualquer comerciante militar russo, e as unidades partidárias subterrâneas são compostas por cidadãos russos”, afirmou o responsável ucraniano.
Guerra na Ucrânia
-
22 Novembro, 2024 Ucrânia: 1,4 milhões por cada míssil – e nem são os mais caros
-
21 Novembro, 2024 Rússia lançou o primeiro míssil balístico intercontinental, diz Ucrânia
O fim das ditaduras acabará por chegar,