O chinês Ding Liren, de 30 anos, derrotou o russo Ian Nepomniachtch num torneio realizado no Cazaquistão.
O xadrezista Ding Liren tornou-se este domingo o primeiro chinês campeão mundial da modalidade, depois de derrotar o russo Ian Nepomniachtchi num torneio realizado no Cazaquistão.
O novo campeão mundial destronou o norueguês Magnus Carlsen, que reinou durante os últimos dez anos, e que este ano optou por não defender o seu título.
Na primeira fase do encontro, com 14 partidas, Liren e Nepomniachtchi terminaram empatados, com três vitórias para cada um e oito partidas empatadas.
Na fase de desempate, ambos tiveram apenas 25 minutos para fazer as suas jogadas, e 10 segundos adicionais para cada jogada. Ding era já considerado superior a Nepomniachtchi neste formato de jogo mais rápido, mas tinha praticado pouco esta modalidade em competições oficiais desde janeiro de 2020.
O prémio de dois milhões de euros seria dividido em 60% para o vencedor e 40% para o vice-campeão se a disputa tivesse sido decidida na série inicial de 14 jogos. Como chegou à fase de desempate, será dividido em 55% e 45%.
“Estou muito aliviado“, disse Liren após a partida. “O momento em que Ian desistiu foi muito emocionante, não conseguia controlar os meus sentimentos. Eu conheço-me, vou chorar. Foi um torneio difícil para mim.”
Carlsen, considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos, detinha o título do Campeonato Mundial de Xadrez desde 2013, e continuará a ser o jogador mais bem classificado do mundo.
A vitória de Liren confirma a ascensão do país na modalidade. Nenhum jogador chinês tinha vencido anteriormente a competição, mas a China tem vindo a dominar já os torneios femininos.
A atual campeã mundial de xadrez feminino, Ju Wenjun, vai defender o seu título em julho — contra a sua compatriota Lei Tingjie.
Ding tem 30 anos e nasceu em Wenzhou, que ficou conhecida como a “cidade do xadrez” da China. Em 2009, tornou-se o mais jovem campeão de xadrez do país a nível nacional, e há dois anos, o jogador chinês mais bem classificado no ranking mundial, alcançando o segundo lugar.
ZAP // Deutsche Welle