China aperta cerco a Taiwan. Aviões e navios de guerra detetados à volta da ilha

Ritchie B. Tongo / EPA

Caça Mirage 2000-5 da Força Aérea de Taiwan em exercícios em Hsinchu

O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado esta manhã 17 aeronaves e seis navios de guerra chineses à volta da ilha, semanas depois de a China ter simulado um bloqueio a Taiwan.

Num comunicado divulgado na rede social Twitter, o ministério disse que 13 dos 17 aviões militares atravessaram, no sudoeste de Taiwan, a linha mediana que separa a ilha da China continental.

O ministério disse que as Forças Armadas taiwanesas acompanharam a situação e responderam com o envio de aeronaves e barcos e com a ativação de sistemas de mísseis terrestres.

Na sexta-feira, Taiwan tinha detetado 38 aeronaves e seis navios de guerra chineses à volta da ilha, o número mais elevado desde o início do mês.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa tinha anunciado que Taiwan iria simular respostas a uma “potencial invasão chinesa”, durante os exercícios militares anuais designados Han Kuang, num período de crescentes tensões com Pequim.

Os Han Kuang vão dividir-se em duas fases: jogos de guerra computadorizados, que decorrem entre 15 e 19 de maio, e manobras com uso de fogo real, marcadas para o período entre 24 e 28 de julho, afirmou o general Lin Wen-huang, citado pela agência oficial, a CNA.

Os jogos computadorizados vão ser baseados numa plataforma projetada pelos Estados Unidos que permite a simulação de operações civis e militares.

As simulações vão ser realizadas ao longo de cinco dias, para “testar a capacidade militar de coordenar e executar a resposta a uma invasão chinesa”, disse Lin.

Os exercícios com fogo real vão concentrar-se em testar a capacidade dos militares taiwaneses de “conservar a sua força, no caso de uma invasão em grande escala” e “realizar interceções marítimas”, para evitar um bloqueio chinês à ilha.

Os exercícios de Han Kuang são realizados anualmente desde 1984 para testar a prontidão de combate de Taiwan contra uma possível invasão chinesa.

ZAP // Lusa

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