A editora-chefe da revista alemã Die Aktuelle, que publicou uma entrevista falsa com Michael Schumacher, gerada por Inteligência Artificial, foi demitida, anunciou o grupo de media Funke neste sábado (22).
“A editora-chefe da Die Aktuelle, Anne Hoffmann, que assumiu a responsabilidade jornalística da revista em 2009, está afastada das suas funções” desde este sábado, anunciou Bianca Pohlmann, diretora das revistas do grupo Funke.
“Este artigo de mau gosto e enganoso nunca deveria ter aparecido. Não corresponde de forma alguma aos padrões de jornalismo que nós – e os nossos leitores – esperamos de um grupo como o Funke”, lamentou Pohlmann, que apresenta as suas “desculpas” à família do lendário piloto alemão de Fórmula 1.
A revista alemã envolveu-se esta semana em polémica depois de ter anunciado na capa de uma edição uma suposta entrevista com Michael Schumacher.
O antigo piloto de Fórmila 1, sete vezes campeão do mundo, encontra-se em estado vegetativo desde 2013, após um acidente enquanto fazia esqui nos Alpes franceses, e dificilmente recupera, diz um neurologista.
A revista anunciou uma entrevista exclusiva com Michael Schumacher, a primeira desde o acidente de esqui e grave lesão na cabeça no final de 2013 nos Alpes franceses, e revelou que a mesma tinha sido gerada por Inteligência Artificial.
A entrevista incluía citações atribuídas a Schumacher sobre a sua vida familiar desde o acidente e o seu estado de saúde, que foram geradas por IA.
Segundo a agência AFP, após a publicação, a família do ex-campeão anunciou a intenção de processar o grupo de media alemão.
A família de Michael Schumacher, de 54 anos, protege escrupulosamente a privacidade do ex-campeão, que não é visto em público desde o acidente. Quase nenhuma informação veio a público desde então sobre seu estado de saúde.
Piloto com mais títulos da história da F1, com sete títulos, agora empatado com Lewis Hamilton, que lhe sucedeu na Mercedes, Schumacher deixou o hospital seis meses após o acidente encontra-se acamado na mansão da família na Suíça, em Gland.
Em março de 2014, ainda em coma, Schumacher começou a respirar sem aparelhos, tendo tido alta em setembro, para continuar a recuperação em casa, com a família mais próxima. Durante algum tempo, o ex-piloto parecia estar a reagir aos tratamentos, alimentando esperanças numa eventual recuperação.
Mas em maio de 2016, Jean Todt, antigo diretor desportivo da Ferrari, revelou detalhes sobre o estado de saúde de Schumacher: tinha piorado drasticamente e tinha a vida por um fio.
Acidente de Schumacher
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